Topo

Ederson chega ao Fla e revela desejo de 'colocar pedra' em cima das lesões

O meia Ederson exibe a camisa do Flamengo na apresentação ao clube carioca - Gilvan de Souza/ Flamengo
O meia Ederson exibe a camisa do Flamengo na apresentação ao clube carioca Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/07/2015 12h33

Novo camisa 10 do Flamengo, Ederson foi apresentado nesta sexta-feira (24) como jogador do clube. O meia demonstrou felicidade em retornar ao Brasil após dez anos no futebol europeu e garantiu estar pronto para ajudar o Rubro-negro na temporada. O atleta disputou apenas 76 partidas desde 2010 e mostrou-se tranquilo quando questionado sobre as recentes lesões na carreira. O contrato vai até dezembro de 2017.

“Gostaria de colocar uma pedra definitiva em cima deste assunto. Primeiro em razão de o futebol ser um esporte de muito contato físico. Buscamos a superação dos limites. Infelizmente, as lesões acontecem. Tenho a impressão de que as pessoas exageram no meu caso. Mas existe a questão da lei da atração. Acredito que atraímos o que pensamos para a vida. Penso que estou no maior clube do Brasil, de maior torcida do mundo e muito bem fisicamente”, afirmou.

Ederson exerceu a função de camisa 10 nos últimos três clubes pelos quais passou. Antes de atuar na Lazio-ITA, foi comprado pelo Lyon-FRA ao Nice-FRA por 15 milhões de euros. O desejo de retornar ao Brasil e o interesse do Flamengo foram tentadores e mudaram o rumo de uma carreira que parecia encaminhada para continuar na Europa.

“Estou feliz, honrado e orgulhoso por estar aqui hoje. Era um sonho voltar ao meu país depois de jogar por anos em alto nível na Europa. Realizá-lo no maior do mundo e no clube de maior torcida me deixa ainda mais contente”, completou.

Confira as melhores declarações do reforço rubro-negro:

CAMISA 10

“Na seleção sub-17, fomos campeões mundiais e vesti a camisa 10. Nos clubes, também usei a 10. No Flamengo, é preciso pedir autorização ao maior de todos [Zico. Vou dar o máximo. A pressão existe, assim como a cobrança. Mas tenho felicidade e orgulho. É nisso que vou focar. Estou feliz e posso dar o máximo para dar alegrias ao Flamengo”.

ESTILO DE JOGO

“Sou um meia de ligação. Meu principal papel é armar as jogadas e chegar por trás. Sem posse de bola, faço o papel defensivo para ajudar. O fato de as pessoas não saberem minha posição exata é que, na Europa, fui sempre polivalente, respeitando os pedidos dos treinadores. Já joguei como atacante pela esquerda, pela direita. Pelo centro e até recuado. Minha função é meia, chegando no ataque”.

SERVIR GUERRERO E SHEIK

“É uma responsabilidade grande, mas atuar com grandes jogadores fica fácil. São atletas de muita qualidade e rápidos. Podemos ter um bom entrosamento e bons jogos. Vamos dividir a responsabilidade para ajudar o time a vencer. O coletivo, quando funciona, exalta as qualidades de cada jogador. Creio que podemos fazer um bom setor ofensivo e sair com vitórias”.

DE VOLTA AO BRASIL

“Tratando-se do Flamengo, um dos maiores clubes do mundo, é um sonho para qualquer jogador. Não estava sendo muito utilizado pela Lazio em razão das opções do técnico e, por isso, optei por voltar e jogar aqui no Flamengo. O futebol brasileiro é mais técnico, de habilidade. Espero me readaptar rápido. A ajuda dos companheiros será importante e quero estar o mais rápido possível à disposição do treinador”.

O QUE FALTA PARA JOGAR?

“O Flamengo está se reforçando. É normal por se tratar de um grande clube e sempre lutar pelas primeiras posições. Acompanhei os últimos jogos, nas vitórias contra Internacional e Grêmio. O time tem tudo para emplacar bons resultados. Treino amanhã [sábado] de manhã, mas ainda preciso voltar para a Itália e transferir minha família para o Brasil. Na quinta-feira (30), já estarei aqui para voltar a treinar”.

TRANSFERÊNCIA CONTURBADA

“Não foi muito fácil conseguir liberação da Lazio. O presidente tinha admiração muito grande por mim. Ele me propôs outros clubes, para empréstimo com opção de compra. O Flamengo tinha uma proposta séria. Fui claro para voltar ao país e jogar aqui. No último dia, deu tudo certo. Foi um alívio".