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Oposição critica gestão do Fla no futebol: 'Não se administra via WhatsApp'

Cacau Cotta lança chapa para concorrer ao cargo de presidente do Flamengo - Vinicius Castro/UOL
Cacau Cotta lança chapa para concorrer ao cargo de presidente do Flamengo Imagem: Vinicius Castro/UOL

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/08/2015 13h00

A corrida eleitoral segue a todo o vapor no Flamengo para o pleito de dezembro. Depois do racha na gestão comandada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, a oposição lançou nesta sexta-feira (14) a Chapa União Rubro-Negra. O candidato à presidência Cacau Cotta e o vice-presidente Paulo Cézar Ribeiro detalharam propostas e criticaram de forma contundente o trabalho atual no futebol.

A falta de planejamento nas contratações, o atraso nas obras do CT Ninho do Urubu e a dependência do Conselho Gestor para que decisões importantes sejam tomadas foram alvos de críticas do candidato, que atuou como vice-presidente de Fla-Gávea na gestão Patricia Amorim e teve 90% de aprovação dos associados.

"Essa gestão abandonou o futebol. Não houve planejamento, o CT parou. Venderam ingressos caros na final da Copa do Brasil para comprar o Elias. Não compraram. São as mesmas pessoas que querem continuar no cargo. O futebol começou a cair a partir do momento em que abandonaram o centro de treinamento. Por que pagar R$ 550 mil por mês ao Carlos Eduardo? Seria uma verba para o destino correto", afirmou Cotta.

"O futebol do Flamengo não pode ser planejado durante o Campeonato Brasileiro. Não se administra um clube via WhatsApp. A administração atual não é política. Manda todo mundo no Conselho Gestor e vira uma bagunça. Não temos representação política alguma e também precisamos dos dirigentes amadores para ajudar. O executivo é fundamental, mas fica difícil administrar sem o vice-presidente da pasta", concluiu.

Cacau Cotta aproveitou para pregar a união dos rubro-negros, já que o clube passou a ser polarizado pela disputa entre a Chapa Azul. O candidato elogiou a política de austeridade da gestão atual, mas deixou clara a importância de analisar o que foi pago até o momento.

"A vaidade está sendo colocada acima da instituição. O Flamengo não é azul. Somos rubro-negros e pregamos o fim dessa briga de cores e ofensas. As pessoas que passaram e fizeram tudo pelo Flamengo não podem ser chamadas de corja. Infelizmente, a vaidade está acima da instituição. Essa guerra precisa parar. Continuaremos com a austeridade.

Porém, ao longo de três anos mais de R$ 200 milhões vieram de adiantamentos e empréstimos. Quanto foi pago de verdade da nossa dívida? Quanto é a dívida? Essa gestão pagou dívidas, mas também contraiu novas", encerrou.

Além de Cacau Cotta, Lysias Itapicurú, Wallim Vasconcellos e o presidente Eduardo Bandeira de Mello já anunciaram candidaturas ao pleito que definirá o comandante do Flamengo para o triênio 2016-17-18.