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Suíça autoriza extradição de ex-presidente da Conmebol preso com Marin

Eugenio Figueredo (à esq.) foi preso na Suíça em operação que teve Marin também detido - Nelson Almeida/AFP
Eugenio Figueredo (à esq.) foi preso na Suíça em operação que teve Marin também detido Imagem: Nelson Almeida/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/09/2015 10h17

A Justiça da Suíça autorizou a extradição para os Estados Unidos do ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo. O dirigente uruguaio foi preso em 27 de maio, em Zurique, com outros seis cartolas, entre os quais José Maria Marin, ex-presidente da CBF. Figueiredo tem 30 dias para recorrer.

Eugenio Figueredo também ocupou a vice-presidência da Fifa. Ele é acusado de suborno e desviar milhões de dólares em contratos comerciais da Copa América nas edições de 2015, 2016, 2019 e 2013.

O dirigente enfrenta outra acusação. Ele teria falsificado certificados médicos para obter cidadania norte-americana.

Marin deve seguir o mesmo caminho de Figueredo

Em vias de ser extraditado para a América do Norte, José Maria Marin negocia fiança milionária para trocar o regime fechado por prisão domiciliar. Ele possui residência em Nova York.

O FBI quer que Marin tenha função semelhante a de José Hawilla (empresário proprietário da Traffic), que aceitou delação premiada, além de aceitar pagar multa de US$ 151 milhões (R$ 582 milhões na cotação atual). Em troca, Hawilla evitou de ser preso nos EUA e ganhou liberdade assistida.

Com bases em depoimentos de Hawilla, a Justiça norte-americana investigou esquemas ilegais em contratos televisivos de torneios nas Américas, que envolviam Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. Dos três, Marin foi o único detido.

Antes contrária à ida de Marin para os Estados Unidos, a defesa do cartola já trabalha com a possibilidade de extradição. De acordo com o blogueiro do UOL Esporte Ricardo Perrone, o anúncio da extradição deverá ocorrer a partir do dia 22 de setembro.

Caso seja confirmada a extradição, a expectativa da defesa é que Marin fique no máximo semanas em regime fechado para depois ser encaminhado para prisão domiciliar enquanto dura o processo, o que já acontece com o empresário J.Hawilla. Marin teria de negociar multa milionária para sair do regime fechado.