Advogados de caso Oscar vão defender Monte Cristo por Iago Maidana

O Monte Cristo, clube da terceira divisão de Goiás que deteve por dois dias os direitos econômicos do zagueiro Iago Maidana, 19, e foi usado como ponte entre o negócio de saída do Criciúma e chegada ao São Paulo contratou os serviços dos advogados Breno Tannuri e André Ribeiro. A informação foi publicada pelo Globoesporte e confirmada por Tannuri ao UOL Esporte. A dupla defendeu o meia Oscar, que acionou o São Paulo na Justiça no fim de 2009 para deixar o clube.

Notificado pela CBF, o Monte Cristo é o único clube que ainda não apresentou documentos para apuração da entidade, mas pretende fazê-lo nos próximos dias. Também notificados, São Paulo e Criciúma já apresentaram documentação. Iago Maidana também foi notificado e precisará apresentar sua versão sobre o registro no Monte Cristo – a reportagem procurou o agente do jogador, Odoaldo Aldado Júnior, representante da FAI Sports, mas não obteve contato.

O caso Iago Maidana:

A contratação de Iago Maidana pelo São Paulo virou caso de apuração na CBF porque indica o uso de um clube como ponte e contou com a participação de um investidor em compra e venda de direitos econômicos, prática proibida pela Fifa desde 1º de maio de 2015.

A empresa Itaquerão Soccer foi a responsável por investir R$ 800 mil para adquirir 30% dos direitos econômicos do atleta e tirá-lo do Criciúma, antes de registrá-lo no Monte Cristo. A empresa admitiu ao UOL Esporte que participou da negociação como investidora, se disse parceira do Monte Cristo e afirmou também que negociou com o São Paulo.

Depois de dois dias registrado no Monte Cristo, Iago Maidana teve 60% de seus direitos econômicos vendidos por R$ 2,4 milhões ao São Paulo – R$ 1 milhão à vista, R$ 1 milhão parcelado e R$ 400 mil caso o zagueiro atue em dez partidas pelo clube.

Além do desrespeito à nova regulamentação da Fifa, que pode render punição esportiva ao São Paulo, o que causa preocupação interna no clube é a supervalorização do jogador e a falta de explicações para que o clube tenha investido R$ 2,4 milhões junto à Itaquerão Soccer e não R$ 800 mil junto ao Criciúma. O empresário Abilio Diniz, convidado a participar da última reunião do conselho deliberativo são-paulino, falou em discurso que o caso Iago Maidana é o “batom na cueca” do São Paulo.