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Acho difícil o Aidar continuar, diz presidente do conselho do São Paulo

Leco é também o favorito para suceder Aidar na presidência do SP - Fabio Braga/Folhapress
Leco é também o favorito para suceder Aidar na presidência do SP Imagem: Fabio Braga/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

10/10/2015 19h26

O presidente do conselho deliberativo do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, admitiu que será muito difícil Carlos Miguel Aidar permanecer como presidente do São Paulo.

"Acho difícil ele continuar. Porque está muito pressionado pessoalmente, a família está preocupada. Sei que me falaram das manifestações das filhas
A governabilidade dele está altamente comprometida e quase impossibilitada", afirmou Leco em entrevista para a Rádio Globo, que deixou claro que a sua relação com Aidar é "apenas institucional".

Segundo apurou o UOL Esporte, Aidar deve pedir a renúncia até a manhã de terça-feira.

A renúncia só será oficial quando Aidar entregar a carta a ao presidente do conselho deliberativo. Caberá a Leco, então, convocar nova eleição presidencial dentro de 30 dias, e ele próprio já é o favorito para suceder Aidar até o fim do mandato, que se encerra em abril de 2017. 

Leco afirma que não precisará convocar a reunião extraordinária do próximo dia 22 se Aidar renunciar e aceitar não passar pelo processo de impeachment.

"Se a renúncia acontecer até a terça, eu não farei a convocação extraordinária porque outras questões maiores, como cuidar do São Paulo em sua estrutura, em sua governabilidade, em sua administração, se fará mais urgente do que tratar desse assunto, que naturalmente será visto mais adiante", disse. Seria nessa reunião que Ataíde Gil Guerreiro teria prioridade de palavra para narrar sobre a gravação que relata em e-mail a Aidar, revelado pelo UOL Esporte.

"Não farei nenhum tipo de avaliação sobre a gravação. Sei que existe, me certifiquei pessoalmente disso, mas não quero entrar absolutamente em avaliação sobre o seu mérito", completou Leco.

Leco aceita, "em princípio", concorrer à presidência, já tem o apoio de figuras políticas importantes do São Paulo (ele mesmo admitiu publicamente essa informação) e deverá ser candidato único. O ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro é um dos que sustentam a candidatura.

O presidente do conselho são-paulino afirmou ainda que não recebeu nenhuma notícia oficial sobre a renúncia de Aidar.

"O que acho, o que ouço, delineando e o seu pedido de renúncia, parece que realmente irá sair. Mas não tenho nada efetivo, que tenha sido transmitido. São especulações. Tenho que aguardar serenamente o desfecho delas", disse.

Ainda em entrevista para a Rádio Globo, Leco comentou sobre o que ocorreu para a gestão de Aidar chegar a esse ponto de crise.

"Não tenho o que dizer além de ser uma forma dele de agir, de administrar. Forma pessoal de conduzir a própria vida e o São Paulo. A partir de determinado momento, se mostrou com aspectos inconvenientes e problemáticos que acabaram gerarando uma crise atrás da outra. De repente surge a gota d’água que faz o copo transbordar", afirmou.