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Brasil volta a palco que antecedeu vexame na Copa sem trio de protagonistas

Sequência de fotos detalha lance em que o jogador colombiano Zuñiga atinge Neymar - Nilton Fukuda/Estadão
Sequência de fotos detalha lance em que o jogador colombiano Zuñiga atinge Neymar Imagem: Nilton Fukuda/Estadão

Danilo Lavieri

Do UOL, em Fortaleza (CE)

11/10/2015 06h00

A seleção brasileira volta a pisar no Castelão pela primeira vez desde a última vitória na Copa do Mundo de 2014 nas quartas de final, diante da Colômbia. Para treinar de olho na Venezuela, pela 2ª rodada das Eliminatórias, o time de Dunga volta ao estádio em que Neymar, Thiago Silva e David Luiz foram protagonistas por motivos diferentes.

Foi a última vitória antes do vexame do 7 a 1 contra a Alemanha, na semifinal, no Mineirão. Depois, na disputa de 3º lugar, o time de Felipão tomou de três da Holanda.

Coincidentemente, os três protagonistas daquela ocasião estarão fora da partida da próxima terça-feira (às 22h), quando a seleção joga com a obrigação de vitória após ser derrotada na estreia para o Chile, por 2 a 0, em Santiago.

Neymar virou notícia naquele 4 de julho de 2014 pela trágica lesão nas costas que o tirou da competição. O craque e referência da seleção de Felipão caiu após a joelhada de Zuñiga para não voltar mais. Desta vez, a cidade não terá o camisa 10 por causa da suspensão que o afastou de quatro partidas para representar o país.

Sua volta está programada para novembro, quando o confronto será contra a Argentina.

David Luiz foi cortado de última hora por causa de uma lesão no joelho e não estará no palco em que marcou o gol mais importante da carreira. Naquele jogo, o zagueiro foi o personagem principal dentro de gramado após enfiar a bola no ângulo de Ospina em uma cobrança de falta espetacular.

Thiago Silva foi autor do outro gol que classificou o Brasil na vitória por 2 a 1. Neste caso, ele é o único que não volta a Fortaleza por opção de Dunga.

Depois de dar entrevistas e reclamar por perder a faixa, o zagueiro passou a não falar mais a mesma língua do treinador e não entra mais nas listas de convocação. 

SELEÇÃO NÃO É UNANIMIDADE

Em Fortaleza, a seleção tem tido sorte. Foram dez jogos, com oito vitórias, um empate e uma derrota, com 23 gols feitos e apenas quatro sofridos. A expectativa é que a sede dê sorte novamente, mas os atletas sabem que a demora por um resultado positivo pode causar o efeito contrário do esperado.

"Não sei se eles vão deixar de apoiar. Tem muita gente que cobra e isso é normal. Mas vamos fazer de tudo para dar a vitória para o povo brasileiro", disse Marcelo.

O calor da torcida que normalmente é registrado nos jogos do nordeste não é o mesmo das últimas vezes. Apesar de cerca de 50 mil ingressos já terem sido vendidos, o público não tem dado tanto apoio. No último treino no Presidente Vargas, por exemplo, as 50 pessoas ficaram praticamente em silêncio.