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Em crise e com Tevez contrariado, Argentina faz 100º duelo contra Paraguai

AP Photo/Natacha Pisarenko
Imagem: AP Photo/Natacha Pisarenko

Do UOL, em São Paulo

13/10/2015 06h00

Derrotada na estreia, em casa, a Argentina precisará vencer desfalques e crise interna para conquistar seus primeiros pontos nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, contra o Paraguai, em Assunção, nesta terça-feira (13).

As baixas de Lionel Messi, Sergio Agüero e outros cinco jogadores, além da contestação pública de Carlos Tevez à escalação do treinador Tata Martino, são os principais problemas a serem superados pelos hermanos.

Messi lesionou o joelho em 26 de setembro e Agüero contundiu músculo da coxa no revés por 2 a 0 contra o Equador, em Buenos Aires. Marcos Rojo e Garay, defensores, e os meio-campistas Éver Banega, Fernando Gago e Enzo Pérez também não poderão entrar em campo.

Sem eles, Martino escalou o seguinte time nos treinos: Romero; Zabaleta, Otamendi, Funes Mori e Mas; Kranevitter, Mascherano e Pastore; Di María, Correa e Tevez.

São quatro alterações em relação ao time batido na primeira rodada: o experiente Zabaleta retorna à lateral direita. Funes Mori, de 24 anos, entra no lugar de Garay, enquanto Kranevitter, volante do River Plate, no de Biglia. Na frente, a mudança que tem gerado mais debate: Tevez deverá jogar como camisa 9, função que o técnico o vê fazendo melhor.

O ex-corintiano, atualmente jogador do Boca Juniors, substituiu Agüero na estreia, após a lesão. Entre a partida contra o Equador e a desta terça, disse à imprensa que prefere atuar como segundo atacante. A declaração foi respaldada por Arruabarrena, seu treinador no clube argentino: “Ele sabe ler espaços e se sente melhor assim, como no Boca. Era assim também no Manchester City e na Juventus, onde atuava com Morata e Llorente”, explicou. No time de Buenos Aires, o centroavante é Calleri.

Tata, no entanto, discorda: “Na medida em que o tempo passa, creio que não seja conveniente que caia nas costas dos laterais, por isso sempre pensamos nele pelo centro”, cravou.

As seleções, no Defensores del Chaco, farão o confronto de número 100 entre elas – com domínio argentino no histórico, 55 vitórias contra 15. Os dois últimos aconteceram na Copa América deste ano: 2 a 2 na estreia e 6 a 1 na semifinal. “Agora que estão em casa, pode ser que coloquem mais pressão no campo de ataque", avaliou o técnico, que não fugiu do favoritismo: “Somos a Argentina, responsabilidade e obrigação estão sempre conosco, em qualquer partida”.

Outros jogos da Rodada

Equador x Bolívia, em Quito, às 18h. Embalado pelo 2 a 0 sobre a Argentina, o time anfitrião tem confronto em que é favorito e pode marcar seis pontos na tabela. Jéfferson Montero, Miler Bolaños e Caicedo são as esperanças de gol. Erazo, zagueiro gremista que anotou um na estreia, também está escalado. 

Uruguai x Colômbia, em Montevidéu, às 20h. No confronto de mais apelo da rodada, reedição das oitavas de final da Copa de 2014, vencida pela Colômbia por 2 a 0, os três nomes de maior destaque são desfalques: Cavani e Suárez, pelo lado uruguaio, e James Rodríguez, dos visitantes. As seleções vêm de vitórias sobre Bolívia e Peru, respectivamente.

Peru x Chile, em Lima, às 23h15. A seleção de Paolo Guerrero fará seu primeiro jogo em casa pelas Eliminatórias. Campeão da Copa América, vindo de vitória e com força máxima, uma vez que o meia Arturo Vidal se recuperou de lesão e está confirmado, o Chile é favorito no “Clássico do Pacífico”.

Brasil x Venezuela, em Fortaleza, às 22h. Após 7 a 1 na Copa do Mundo, fracasso na Copa América e derrota na estreia, a seleção brasileira, em descrédito com a torcida, encara a Venezuela na última partida sem Neymar, que cumpre suspensão. Dunga projeta mudanças no time titular, com Marquinhos, Filipe Luís e Lucas Lima nos lugares de David Luiz, lesionado, Marcelo e Oscar, respectivamente.