Topo

Paulo Amaral lança candidatura à presidência do SP, e Leco ganha adversário

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Imagem: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

16/10/2015 12h45

Ex-presidente do São Paulo entre 2000 e 2002, Paulo Amaral lançou candidatura à presidência do São Paulo e concorrerá com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na eleição que deverá acontecer no próximo dia 27. Antes nome sugerido pelos ex-aliados de Aidar, Paulo Amaral conseguiu o apoio do grupo Tradição, do ex-presidente Fernando Casal de Rey, e apoio de outras figuras importantes do clube como o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta. Tanto Casal de Rey como Pimenta confirmaram ao UOL Esporte que a candidatura de Paulo Amaral já é oficial.

"Ele trabalhou comigo como diretor financeiro na gestão de 94 a 98, foi excelente o trabalho dele, se credenciou talvez com isso a ser presidente na sequência, entre 2000 e 2002. Sempre foi muito bem, um grande administrador, uma pessoa austera, e me parece uma pessoa que vem num momento certo para o São Paulo. Ele também tem um espírito de renovar, por isso espero que caso ele vença ele coloque pessoas jovens para que possamos iniciar um processo de renovação no São Paulo. Em vista disso, acho que ele está credenciado e recebe meu apoio", falou Casal de Rey ao UOL Esporte.
 
O grupo Tradição é hoje um dos mais numerosos do São Paulo e fez ferrenha oposição a Carlos Miguel Aidar antes e durante os dezoito meses de gestão. No último pleito, serviu como base de candidatura para Kalil Rocha Abdalla, apoiado por Marco Aurélio Cunha e seu grupo, o Clube da Fé, que agora com a candidatura de Paulo Amaral deverá se fragmentar depois de ter anunciado apoio a Leco.
 
Com o respaldo do grupo Tradição, Amaral deixa de ser um candidato apoiado pelos grupos que formavam a base de Aidar para se tornar um candidato forte na eleição. Além do principal apoio, deverá receber os votos dos grupos Força São Paulo, Movimento São Paulo e Vanguarda. Leco, hoje presidente interino do São Paulo, tem apoio da Legião, de Ataíde Gil Guerreiro, do Clube da Fé, do Participação e de membros dissidentes do Movimento São Paulo e do Vanguarda.
 
Paulo Amaral é desafeto de Rogério Ceni e poderá, agora, ser presidente nos últimos meses de carreira do goleiro, que se aposentará no fim de 2015. Em 2001, Paulo Amaral, então presidente, contestou a veracidade de uma proposta do Arsenal, da Inglaterra, que Ceni levou até a diretoria. Na época, Ceni disse ter se sentido desrespeitado e ameaçou deixar o clube.
 
Em 2000, Leco e Paulo Amaral se enfrentaram na eleição, e Amaral saiu vencedor por cinco votos de diferença, em um dos pleitos mais disputados do clube.