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Presidente do Santos diz que "caça ao Ganso" está suspensa até dezembro

Do UOL, em São Paulo

17/11/2015 14h58

Em Salvador para assistir o jogo Brasil e Peru pelas Eliminatórias da Copa, o presidente do Santos, Modesto Roma, afirmou que as negociações para repatriar Paulo Henrique Ganso estão suspensas até o fim do Brasileirão.

“A temporada de caça ao Ganso está fechada até o dia 3 de dezembro. Eu venho assistir ao jogo do Brasil e as pessoas de imaginação fértil começam a falar de Ganso. Não faria isso, tenho respeito pelo São Paulo”, afirmou Roma, nesta terça-feira (17), ao SporTV.

A última rodada do Campeonato Brasileiro está marcada para o dia 6 de dezembro, quando o Santos recebe o Atlético-PR e o São visita o Goiás. Isto é, pelo menos até três dias antes do Brasileirão, as conversas com Ganso estariam sob aguardo.

“Meu gosto pessoal pelo Ganso é uma coisa, viabilizar o negócio é muito difícil de acontecer. As pessoas acham que, só porque eu gosto do atleta, ele tem que jogar no Santos. Vai jogar no lugar de quem? As pessoas tem que entender que qualquer contratação tem que passar por prioridades”, acrescentou o presidente do Peixe.

Apesar das afirmações de Modesto Roma nesta terça ao canal por assinatura, o UOL Esporte apurou que a presença do mandatário santista em Salvador está, sim, ligada ao processo de negociação com Ganso.

Modesto Roma marcou uma reunião com o representante do jogador, o empresário Giuseppe Dioguardi, o Pepinho, na capital baiana, onde devem assistir juntos ao jogo da seleção brasileira a fim de estreitarem ainda mais a relação.

O ex-presidente do Santos, Marcelo Teixeira, viajou junto com Modesto Roma. Vale ressaltar que, além de ser admirador do futebol do atual camisa 10 do São Paulo, Teixeira é amigo pessoal de Ganso.

Além de se reunir com Pepinho, os dirigentes do clube paulista já consultaram investidores para ajudar na transação e conversaram com a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda e que detém 68% dos direitos econômicos do jogador.

O São Paulo, no entanto, não foi consultado em nenhuma ocasião. O clube do Morumbi detém apenas 32% dos direitos econômicos do meia. O clube investiu R$ 17 milhões para ter o jogador e dificilmente conseguirá vendê-lo por esse preço – proporcionalmente ao valor pago pelo São Paulo há quase três anos, 100% dos direitos econômicos do camisa 10 valeriam R$ 53,1 milhões.

Neste ano, o tricolor paulista recusou negociar Ganso por empréstimo ao Santos e também pediu R$ 20 milhões pelos seus 32% ao Flamengo em reunião no Morumbi.