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Willian virou Bigode no Cruzeiro. Descubra de onde surgiu este apelido

Willian se tornou um dos destaques do Cruzeiro na atual temporada - CRISTIANE MATTOS/FUTURA PRESS
Willian se tornou um dos destaques do Cruzeiro na atual temporada Imagem: CRISTIANE MATTOS/FUTURA PRESS

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

20/12/2015 06h00

É normal chegar à Toca da Raposa e escutar as pessoas chamarem Willian, atacante que terminou o Campeonato Brasileiro 2015 como artilheiro do Cruzeiro, pelo apelido: Bigode. A alcunha ganhou notoriedade no Brasil em 2013, quando o jogador chegou ao clube por empréstimo e se destacou pelos gols marcados. Mas os fãs do atleta sabem de onde surgiu?

A ideia de deixar o bigode crescer começou na Ucrânia, onde ele defendeu o Metalist Kharkiv. A aprovação da esposa Loisy Coelho e uma conversa com o pai Raimundo por telefone fizeram o atacante aderir o visual em definitivo. Ou pelo menos até o fim de sua passagem pelo clube do leste europeu.

“Surgiu na Ucrânia (a ideia do bigode), não aguentava mais raspar o bigode com o barbeador. Aí eu falei com minha esposa: “vou deixar crescer, não vou ficar raspando não”. Deixei crescer, minha esposa deu uma de “Seu Elias” (barbeiro famoso por cuidar dos cabelos e barbas dos atletas de Belo Horizonte). Ela deu uma aparada lá e ficou legal”, disse ao UOL Esporte.

“E ela aprovou. Na hora do beijinho, não estava atrapalhando também (risos). Eu comecei a gostar também, parei de utilizar o barbeador. E eu até brinquei com meu pai: “Estou deixando o meu bigode crescer”. E ele respondeu: “Então tudo bem, eu também. Daqui dois, três meses, quando você estiver de férias, você vem (ao Brasil) e não vamos raspar, porque estaremos de bigode”. Até nesse meio tempo aí minha mãe já estava se incomodando com meu pai, porque o bigode dele estava passando dos lábios, estava atrapalhando. Deu tudo certo, a gente se encontrou. Estávamos com bigode, ficou bem legal”, acrescentou.

Embora a ideia tenha surgido ainda na Europa, quando chegou ao Cruzeiro, Willian não ostentava o bigode que marca a sua passagem pelo Cruzeiro. A ideia foi logo depois de sua apresentação e, hoje, rende até música vinda das arquibancadas.

“Quando fui contratado pelo Cruzeiro, estava sem bigode e aí eu falei: “Agora tenho que ter personalidade”, porque lá na Ucrânia se eles tirassem sarro eu não iria entender. O brasileiro é mais complicado, gosta de dar um pitaco. Aí eu deixei crescer e, quando marquei meu primeiro gol, fui à câmera e disse: “É para você, papai, olhe o bigode aqui”. Aí pegou, o pessoal fez matéria, meu pai ficou feliz, minha esposa também. Deu uma repercussão grande, positiva, lado bem sadio”, comentou.

A nova marca tornou-se febre nas cadeiras do Mineirão. É sempre comum ver torcedores com bigodes de plástico ou papelão no estádio. A música também é sempre entoada em alto e bom som nos jogos do Cruzeiro – “Tu tá maluco, respeita o moço. Patente alta, dá aula, Bigode Grosso”. Porém, Willian sabe que toda esta fama se deve ao bom momento:

“Isso teve uma repercussão também por eu estar produzindo em campo, não era apenas o fato de eu ter bigode, mas pelo que fazia em campo. Pegou, deu uma repercussão bacana e hoje nem é mais Willian, é o Bigode. Eu sempre gostei, respeitei e ficou uma marca legal, sem forçar nada, bem natural o que aconteceu, muito mais pelo torcedor. Isso se tornou uma mania e que o Bigode sempre possa dar alegria para o torcedor”, concluiu.

O torcedor do Cruzeiro espera que, mesmo com a saída de Mano Menezes para o Shandong Luneng, da China, o atacante Willian, ou melhor, o Bigode siga dando alegrias àqueles que assistirem ao time em 2016.