Topo

Partiu EUA! Saída de 'mecenas' faz times do RJ perderem R$ 58 mi em 2016

Marcelo Sadio/Divulgação/Flickr Vasco
Imagem: Marcelo Sadio/Divulgação/Flickr Vasco

Bernardo Gentile e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/01/2016 06h00

A crise econômica brasileira fez estragos no futebol carioca. Com o cenário delicado no país, o principal investidor do Rio de Janeiro desistiu de manter os patrocínios a Flamengo, Vasco e Fluminense, se mudou do Brasil e deixará os grandes clubes sem uma receita de aproximadamente R$ 58 milhões para 2016.

Dono da "Viton 44", Neville Proa despejou R$ 50 milhões no futebol carioca em 2015 e se apresentou como grande parceiro e "salvador" das finanças dos três times. Foram R$ 20 milhões para o Flamengo, R$ 14 milhões no Vasco e mais R$ 16 milhões no Fluminense. Para este ano, a verba tricolor seria aumentada em R$ 8 milhões.

As complicações econômicas em solo brasileiro, no entanto, levaram Neville para os Estados Unidos e encerraram uma parceria que chegou a ser anunciada como duradoura.

"Vou para Miami. Até este início de janeiro já vendo tudo [no Brasil] e parto para lá. Tchau e benção. Estamos f... aqui. Adoro o Rio e o Brasil, mas preciso pensar na minha família", argumentou o empresário dono do grupo que estampava as marcas "Guaravita" e "Guaraviton" nos uniformes das equipes cariocas.

Aliado no início de 2015, Neville Proa passou a ser uma figura complicada após a metade do ano. Sem conversas para a renovação automática dos vínculos para este ano, chegou a deixar times sem o repasse da verba de patrocínio e complicou as finanças de Flamengo e Fluminense.

Por fim, o empresário acabou regularizando as contas, mesmo com certo atraso, e encerrando o despejo de dinheiro nos clubes.

Na virada para 2015, Neville já havia rompido com um antigo aliado. Após entrar no mercado do futebol carioca através do Botafogo, a Viton 44 desistiu de renovar o vínculo que chegou a gerar R$ 25 milhões ao Alvinegro em 2014.

Disposto a investir em todos os setores do futebol do Rio, Proa ainda fechou um acordo com Maracanã. Sua empresa pagou R$ 7 milhões para ter a marca exposta nos espaços mais nobres do estádio em 2015. O contrato também não será renovado.

Sem o 'mecenas' para o ano que se inicia, os clubes buscam alternativas. Enquanto o Flamengo tenta ampliar o contrato com a Jeep para os espaços deixados pela Viton 44, o Fluminense negocia com a Caixa para ser sua patrocinadora master e o Vasco estuda novas marcas para o uniforme.