Sheik detona parte de elenco do Fla por falta de comprometimento em 2015
Conhecido pela língua afiada, Emerson Sheik mostrou que segue o mesmo para 2016. Em entrevista à TV Globo que foi ao ar neste sábado, o atacante do Flamengo aproveitou o cenário paradisíaco de sua casa em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, para fazer uma avaliação crítica de 2015.
Sem meio termo, o camisa 11 rubro-negro detonou a falta de postura de alguns companheiros de time na última temporada e disse que alguns não merecem sequer vestir a camisa do clube da Gávea.
“Quando cheguei, vi algumas coisas e percebi que não ia funcionar. A camisa e a história do Flamengo são muito grandes. Não é qualquer um que pode vestir, não. Isso precisa ser escolhido a dedo. Tinha muitos ali que não mereciam estar vestindo aquela camisa e representando mais de 40 milhões de pessoas. Comprometimento é tudo. Tinha uma galera que estava comprometida, sim, mas outra turma não estava. Precisa ter isso. Se não tiver, serei o primeiro a sair e falar. Se não gostar, é simples: me manda embora. Eu já fiz isso algumas vezes. Eu fui polêmico, sim, mas estava ganhando tudo. E aí, vai reclamar de que?”, provocou Emerson.
Afiado, mostrou preocupação ainda com a montagem do elenco para 2016 e deixou claro que o time precisa de reforços de peso. “Campeão eu não acredito muito. Com mais atleta e mais qualidade, a gente pode começar a pensar em título. Por enquanto, não dá”, palpitou, antes de comentar a má fase do amigo Paolo Guerrero no final de 2015.
“O time também não ajudou muito. Se faltou dele, faltou de todo mundo. A responsabilidade precisa ser dividida. A verdade mesmo é que ele pode muito mais. Ele estava p... da vida. É um cara que se acostumou a viver momentos felizes, de estar jogando bem e marcando gols. E ficou faltando isso. Ele sabe disso, todo mundo sabe. Mas é um craque, o melhor camisa 9 dos países sul-americanos. A galera pode saber que o gringo vai bombar em 2016”, garantiu Sheik.
Emerson ainda comentou a expectativa para voltar a trabalhar com o treinador Muricy Ramalho, companheiro na época de Fluminense, quando conquistaram o Campeonato Brasileiro.
“Muricy cobra muito mesmo. Se ele ver ‘migué’ [enrolação, na gíria dos boleiros], vai afastar. O cara vai ficar fora mesmo. É um cara que eu gosto muito de trabalhar. Muito sério e de muito comprometimento. Só treino forte mesmo”.
Para encerrar, o atacante de 37 anos disse que não se preocupa com a idade e ainda tem muita lenha para queimar. “O dia que eu não conseguir fazer o que fiz em 2015, correr, me dedicar, entregar... vou curtir essa vida aqui”, disse, a bordo de sua luxuosa lancha.
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