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Alexandre Pato não cede à pressão do Corinthians e recusa ida para China

Dassler Marques, Guilherme Palenzuela e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em São Paulo e no Rio de Janeiro

07/01/2016 06h00

Nas últimas horas, o Tianjin Quanjian-CHN aumentou a proposta salarial para Alexandre Pato e encaminhou acordo com o Corinthians. Mas de nada adiantou: ao contrário de Jadson, Renato Augusto e Ralf, Pato está decidido. Afirmou, a pessoas próximas e a seu estafe, que prioriza a carreira em detrimento de aspectos financeiros. Por isso, não jogará na China.

A posição de Pato é de frustração para os dirigentes do Corinthians. Nas últimas horas, o jogador foi pressionado a aceitar a oferta do clube da segunda divisão chinesa. Vanderlei Luxemburgo é admirador confesso do atacante, gostaria de tê-lo em seu clube, que não mediu esforços financeiros. Na terça-feira, Andrés Sanchez deixou claro o clima de pressão em entrevista à Rádio Globo.

"O problema é que ele não pode enrolar um ano para sair de graça. Se tiver proposta, tem de aceitar. Com a torcida, não tem problema. Ele vai se apresentar e jogar. O que não pode é ter proposta boa para o clube, e ele não aceitar", declarou.

"Ele vai sofrer. Não sei se a torcida não engole Pato, Ganso...o que eu sei é que o cara não pode fazer isso. (...) Estamos de mãos atadas. Queremos vender. Se ele não quiser ser vendido, não vai ser. Se eu quiser vender por R$ 1, mas ele não acertar com o clube, não pode ser vendido", acrescentou Andrés, agora sem cargo no Corinthians. O clube pagou R$ 40 milhões por Pato em 2013 e ele possui o maior salário do elenco, com R$ 800 mil mensais.

Diante desse cenário, Pato tem claramente estabelecidas suas prioridades em meio à janela de transferências. Ele está disposto a deixar o Corinthians caso tenha uma proposta razoável de um clube da Europa. Mas, neste momento, descarta oportunidades em mercados alternativos. Na visão do jogador, autor de 26 gols pelo São Paulo no ano passado, é possível refazer a relação com a torcida corintiana se a boa forma for mantida. Tite também tem vontade de contar novamente com Pato e cogita mudar o sistema tático para adaptar o reforço à equipe que passa por desmanche.

Sem alarde, o São Paulo também acompanha a situação de Pato e tem esperanças pequenas de que o próximo mês apresente um cenário favorável. Se o atacante realmente permanecer no Brasil, a direção do clube tricolor pensa em abordar o Corinthians para algum tipo de acordo que o leve de volta ao Morumbi em 2016.