Topo

Zagueiro do SP espera parceria com Lugano e diz que China atrapalha seleção

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

07/01/2016 11h55

Rodrigo Caio tinha só 13 anos de idade quando Diego Lugano deixou o São Paulo, mas já fazia parte do grupo de atletas alojados nas categorias de base do clube, em Cotia. Em 2016, ele poderá jogar ao lado, como companheiro de zaga, do ídolo uruguaio de 35 anos que deixou o Cerro Porteño, do Paraguai, e deverá assinar contrato com o clube do Morumbi nos próximos dias. Para ele, a parceria será boa e Lugano jogará em alto nível.

"Jogador que sempre se dedicou muito. Quando o São Paulo estava disputando o Mundial contra o Liverpool eu estava em Cotia. Pra mim, se ele retornar ao São Paulo vai ser um prazer muito grande, pessoa que admiro muito pela história que tem pelo clube. Se ele retornar a gente vai abraçar ele, que ele possa ter um ano maravilhoso", disse Rodrigo Caio, em entrevista coletiva no CT da Barra Funda, nesta quinta-feira.

Para ele, Lugano não jogará em baixo nível técnico: "Acredito que não [jogará em nível baixo]. O que ele representa para o São Paulo eu acho que ninguém vai apagar. Se ele escolheu jogar pelo São Paulo é porque tem certeza que pode jogar em alto nível. Falo por mim: não gosto de passar vergonha", completou o jovem zagueiro.

Rodrigo Caio já conversou com o técnico Edgardo Bauza e colocou que prefere, como em outros momentos, ser escalado em 2016 como zagueiro, e não como volante: "Sempre deixo bem claro que minha posição de origem e onde gosto de jogar é zagueiro. Não acredito que isso atrapalhe. Espero brigar pela minha posição que é de zagueiro, quando atuo ali me sinto mais confiante", disse.

O jovem são-paulino também comentou as propostas de clubes da China que já tiraram Jadson, Ralf e Renato Augusto do arquirrival Corinthians, e que ainda podem tirar Gil e Elias. Para Rodrigo Caio, o êxodo brasileiro para a China vai contra o projeto pessoal de carreira e atrapalha até a seleção brasileira.

"Meu sonho não é esse. Acredito que a China está com um mercado muito forte, propostas irrecusáveis. A gente fica triste por muitos jogadores de qualidade estarem saindo, mas a gente tem que seguir a vida. Acredito que isso pode atrapalhar seleção brasileira. Esse não é meu objetivo, meu objetivo é permanecer no São Paulo por muito tempo", falou.