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Revelação contratada pelo Grêmio em 2012 continua sem nunca estrear no time

Wangler chegou ao Grêmio como promessa mas sequer estreou no time principal - Lucas Uebel/Trato.Txt
Wangler chegou ao Grêmio como promessa mas sequer estreou no time principal Imagem: Lucas Uebel/Trato.Txt

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

11/01/2016 06h00

Muitos gremistas comemoraram no dia 30 de julho de 2012. Revelação do Gauchão daquele ano com destaque principalmente para atuação na final contra o Inter, Wangler era apresentado na sala de imprensa do Olímpico. Mas o evento em que concedeu coletiva após assinatura de contrato foi a única oportunidade em que vestiu a camisa 45 do Tricolor. Três anos e meio mais tarde, ele aguarda o fim de seu vínculo sem sequer ter estreado. 

Wangler só jogou pelo time B que disputava competições no interior gaúcho. E foram menos de 10 jogos. Foi apresentado recuperando-se de uma lesão no joelho. Depois, outros dois quadros clínicos atrapalharam qualquer expectativa. 
 
A expectativa pelo primeiro jogo cresceu em outubro de 2012. Vanderlei Luxemburgo inscreveu Wangler na Copa Sul-Americana. Mas ele sequer foi relacionado para algum jogo. Jamais sentou no banco de reservas. 
 
No começo de 2013, ainda no grupo principal, foi testado para representar o time quando a equipe reserva fosse usada em razão da prioridade à Libertadores. Não aconteceu de novo. Em junho foi cedido por empréstimo ao Caxias, clube que havia deixado no ano anterior. 
 
No mesmo ano, em setembro foi repassado ao Bahia, onde completou a temporada. Em 2014 foi cedido ao Náutico, mas se apresentou muito acima do peso e sequer chegou a estrear. Devolvido ao Grêmio, jamais voltou a trabalhar na equipe de cima. No ano passado foi cedido ao Oeste-SP e teve sua campanha mais regular desde 2012. Titular do time, disputou 40 jogos e marcou 5 gols. Na Série b, fez 25 partidas sendo 13 como titular. 
 
Mas não o suficiente para convencer o Grêmio a colocá-lo no elenco. Mesmo com dificuldades para chegada de um meia que seja suplente de Douglas, o Tricolor prefere aproveitar meninos que deixaram há pouco as categorias de base, como Tontini. Wangler está treinando separado dos demais, no elenco de transição. 
 
Nos bastidores do Grêmio, os poucos que ainda lembram da época em que Wangler era considerado promessa alegam que timidez e as lesões foram motivo para ele sequer ter estreado. "Quando surgia uma chance, ele estava machucado", comentou um funcionário do clube na época que preferiu anonimato. 
 
Longe dos holofotes ou da lembrança da torcida, o jogador aguarda o fim do contrato, que acontece em julho deste ano. Ou ainda uma oferta de empréstimo, que facilmente o levaria de Porto Alegre.