Sampaoli diz 'se sentir refém' e não deve mais comandar o Chile
Jorge Sampaoli não esconde mais suas intenções sobre seu futuro – e seus planos estão longe da seleção chilena. E fica cada vez mais claro seu descontentamento com a Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP). O treinador disse ‘se sentir um refém’ no Chile, o que seria determinante em sua decisão de deixar a equipe nacional.
“Neste ambiente, já não quero trabalhar nem viver no país. Nunca imaginei que em tão pouco tempo se destruiria a imagem de um ídolo que deu tanto pelo futebol chileno. Francamente, estou decepcionado e não posso continuar trabalhando nestas condições, quando estou com a cabeça em outro lugar”, disse Sampaoli em Zurique, onde participará da cerimônia da Bola de Ouro da Fifa – ele concorre ao prêmio de melhor treinador.
Sampaoli também criticou Arturo Salah, presidente da ANFP. O cartola exige que o treinador cumpra seu contrato até o fim ou, se sair, que pague o valor da cláusula rescisória. “Sinceramente, pensei que Salah me entenderia e me deixaria em liberdade. Ele mesmo viveu esta experiência e teve que deixar seu projeto. Por isso, causou-me estranheza a postura dele de me manter como refém, contra minha vontade", disse.
Por fim, o técnico da seleção chilena afirmou que, caso a situação não se resolva, pode parar nos tribunais. “Caso esta obrigação [de continuar no cargo] se mantenha, tudo pode terminar judicialmente. Apenas quero que me deem liberdade. Se isso significar abrir mão de prêmios ou dinheiro, eu farei”, completou.
O atual contrato de Sampaoli vai até o fim de 2018, com valor de rescisão não revelado. Campeão da Copa América no ano passado, o treinador comanda o Chile desde 2012. Ele esteve no radar do Flamengo e teria propostas de clubes europeus.
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