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Modesto explica demora na contratação e defende Robinho: 'Não é mercenário'

Do UOL, em São Paulo

12/01/2016 14h37

A contratação de Robinho e as discussões sobre o alto salário pedido pelo atacante fizeram com que o presidente Modesto Roma Júnior saísse em defesa do jogador. O mandatário voltou a dizer que não fará loucuras para repatriar o ídolo, mas rebateu as críticas sobre as exigências do atacante.

"Muita gente diz que o Robinho é mercenário. O Robinho nunca foi mercenário, é um jogador de um caráter e uma seriedade muito grandes. Essas histórias que inventam por aí do Robinho são conversinhas. O Robinho é um cara sério, dedicado, trabalhador”, disse o dirigente para a rádio Jovem Pan.

Em sua entrevista, Modesto defendeu os altos rendimentos do atacante e disse ser compreensível que Robinho trate de "otimizar ao máximo sua carreira". Mas ressaltou que o Santos não vai extrapolar o teto salarial do clube, que é de R$ 200 mil.

Segundo apurou o UOL Esporte, o Santos chegou a um acordo pela volta de Robinho ao clube, mas ainda busca parceiros para conseguir diminuir os custos do retorno do ídolo à Vila Belmiro. O clube já tem um parceiro fechado e busca outro para pagar parcela menor dos salários do atacante.

Oficialmente, o Santos adota cautela com o assunto e estipula até quinze dias para assinar o contrato. Segundo apurado pela reportagem, o atacante fechou acordo para receber R$ 600 mil na Vila Belmiro, e o Santos já tem acordo com um parceiro para dividir igualmente os gastos e pagar apenas metade do valor ao atacante com verba dos cofres do clube.

Além dos valores, Robinho quer uma espécie de garantia de que receberá em dia seus salários. Em suas últimas passagens pelo clube, o atacante sofreu com o atraso nos vencimentos e só foi receber o montante após sua saída.

Modesto ocupará a presidência do Santos até o final de 2017. Por isso, até lá, tenta manter as contas do clube no azul. Segundo ele, a gestão precisa trabalhar com responsabilidade no clube, independente de quem assuma seu cargo no futuro.

“Não dá para largar o clube com ‘dane-se, isso é problema da gestão seguinte’. Você tem que ter responsabilidade, como se fosse gestor para o resto da vida. Não é mais possível fazer gestão temerária no futebol. Eu tenho que dar a meu sucessor a tranquilidade para assumir o clube, seja oposição ou situação, com uma gestão responsável”, discursou.