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Primeira Liga apoia briga de Fla-Flu contra Ferj e confirma torneio

De Rodrigo Mattos

UOL, no Rio de Janeiro

19/01/2016 18h11

Em uma reunião no Rio, os clubes da Primeira Liga confirmaram a realização do torneio em 2016, apesar das ameaças da Ferj e de oposição da CBF. Os 15 times se posicionaram ainda em apoio à dupla Fla-Flu na briga contra a federação do Rio de Janeiro, e disse que tomarão medidas solidárias em caso de punição.

Ainda há um discurso entre cartolas de que pode ser obtido uma harmonia e chancela da CBF. Mas não será aceita a sugestão do secretário-geral da entidade, Walter Feldman, de adiar o torneio.

"Temos uma posição absolutamente solidária em relação à Flamengo e Fluminense. Uma solidariedade prática e não retórica", afirmou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr. "Na temos posição de conforto. Se não for possível construir algo junto da CBF, e for partir para punição, vamos mudar o nosso raciocínio. Estamos unidos com Fla-Flu."

A Ferj enviou documento a CBF em que exige o adiamento para 2017, além de diversas medidas interventoras. A entidade carioca tem plano de ir à Fifa para pedir a punição de Flamengo e Fluminense por participarem da liga.

"Vai ter liga e vai ter Flamengo e Fluminense", disse o diretor-executivo do Flamengo, Fred Luz, que tem atuado como diretor da liga. Ele contou que o clube tem conversado bastante com a CBF, não quer o confronto, mas entende que todos os assuntos da liga foram esgotados. O secretário da CBF, Walter Feldman, ainda pensava em tentar convencer os clubes a adiar o torneio.

"Essa gestão do Flamengo é cumpridora das regras e analisar o efeito e responsabilidade de cada ato. Em assuntos complexos, não fazemos nada sem analisar os efeitos para o Flamengo. Mas às vezes temos que tomar atitudes mais fortes para colocar os clubes como protagonistas", completou Luz.

Foi confirmado também a transmissão da competição na SporTV, em contrato acertado que renderá R$ 5 milhões, mais o pagamento de despesas de viagem. O torneio começa no dia 27 de janeiro.

A primeira liga divulgou uma nota para reafirmar suas posições. Em um dos trechos, reafirma a legalidade da iniciativa:

"Desde o princípio os 15 clubes seguiram estritamente todas as obrigações exigidas pela Lei Pelé, pelo Estatuto do Torcedor e pelo Código Civil. A Primeira Liga, acima de tudo, é uma entidade legalista, no sentido jurídico da palavra. Quaisquer afirmações de que a Primeira Liga não teria obedecido a legislação brasileira não passa de retórica infundada, derivada exclusivamente do do medo que impera em algumas entidade de que finalmente os clubes tenham o papel que lhes cabe na organização do futebol brasileiro".