Topo

Defesa do Atlético-MG mostra sua força e tem recorde no começo da temporada

O zagueiro Jemerson é um dos pilares da defesa do Atlético-MG - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
O zagueiro Jemerson é um dos pilares da defesa do Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

22/01/2016 06h00

Foram dois jogos apenas para o Atlético-MG em 2016, vitórias sobre Schalke 04 e Corinthians. Pouco tempo para fazer qualquer tipo de avaliação sobre o trabalho do técnico Diego Aguirre, mas o suficiente para fazer o começo desta temporada como o melhor início do sistema defensivo alvinegro neste século.

Os triunfos por 3 a 0 e 1 a 0 sobre alemães e paulistas, respectivamente, fizeram o Atlético atingir um feito que não havia conseguido entre 2001 e 2015: não sofrer gols nos dois primeiros jogos da temporada. Marca que serve de alento para um setor tão criticado na última temporada, especialmente no segundo turno Campeonato Brasileiro.

Apesar do vice-campeonato, o Atlético terminou a competição com uma das dez defesas mais vazadas. Somente na segunda metade do Brasileirão foram 29 gols concebidos, o que fez da equipe alvinegra a quinta mais vazada somente nessa parte. No primeiro turno, por exemplo, o Atlético sofreu 18 gols.

Números que pesaram bastante contra Levir Culpi, então treinador do Atlético, que não teve o contrato renovado e deu lugar a Diego Aguirre. O uruguaio chegou à Cidade do Galo e no pouco tempo de treino antes da Florida Cup, cerca de dez dias, a prioridade foi trabalhar a postura defensiva da equipe.

“O treinador insistiu muito ali no setor, para marcar atrás e depois sair no contra-ataque. A compactação do time também evoluiu, desde os zagueiros até os atacantes. Isso que o Aguirre vem trabalhando no dia a dia para não sofrermos gols”, comentou o zagueiro Jemerson.

E deu resultado. O Atlético não só não sofreu gols como voltou dos Estados Unidos com o título da Florida Cup. Marca bem divulgada fora do continente (competição foi transmitida para mãos de 140 países), convite para retornar em 2017 e, o principal, equipe no caminho certo para a temporada 2016. “Foi bom começar assim o ano, tomara que possamos continuar desse jeito. O time jogou bem e dá para sonhar. Agora é trabalhar, ter tranquilidade e pensar em competições importantes que vão começar. Temos de estar preparados”, completou Diego Aguirre, que divide os méritos do bom começo de ano com os técnicos que passaram pelo Atlético nos últimos anos.

“Trabalhamos bastante a recuperação de bola, a parte de compactação de time, de sermos uma equipe curta. Todos ajudaram a recuperar a bola quando a perdemos no ataque. Eles foram bem, fecharam as linhas, uns cobrando dos outros. É uma das coisas que eu quero que meu time tenha. Agora tem muitas coisas que o Atlético já tinha, porque manteve o elenco. Mérito dos treinadores anteriores também”.