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Tite alcança 350 jogos no Corinthians e presidente lembra bronca do técnico

Técnico foi homenageado com placa - Dassler Marques/UOL
Técnico foi homenageado com placa Imagem: Dassler Marques/UOL

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

12/02/2016 12h49

Tite recebeu uma placa comemorativa porque completará 350 jogos pelo Corinthians, no próximo domingo, contra o São Paulo. O objeto foi entregue pelo presidente Roberto de Andrade, que recordou uma passagem marcante ao lado do treinador.

O episódio citado por Roberto se passou na final da Copa Libertadores 2012, nos instantes finais da partida contra o Boca Juniors-ARG. Antes do apito final, o então presidente Mário Gobbi e ele, que era diretor de futebol, começaram a celebrar no banco de reservas. E foi Tite que entrou em ação.

"'Falta um minuto, espera o jogo acabar', ele disse. Estou falando com toda simplicidade, mas foi uma bronca com palavrão e tudo", explicou Roberto de Andrade ao lado do treinador, que comentou o episódio.

"Eu não vi quem tava atrás. Mas li o livro do Ferguson na final da Liga dos Campeões (de 1999) e ele se levantou para dar parabéns ao Bayern aos 42 minutos, porque estava vencendo. Ele levantou, foi cordial, e depois saíram dois gols do Manchester. Fiquei com aquilo na minha cabeça. Estou no jogo. É 45 minutos, 46 minutos, 47 minutos, não vi quem estava trás. Eu disse 'parabéns p... nenhuma. Mas quando virei, falei assim, vi o presidente, o Roberto. 'Vamos esperar um pouquinho", brincou Tite, com uma homenagem ao chefe.

"Tenho a lembrança dele de vestiário. Eu estava com peito aberto e esse cara bancou a peteca, me trouxe e disse 'fica aqui do meu lado'. Foi um momento", recordou sem dar detalhes.

Ainda em clima de homenagens, Roberto de Andrade exaltou a capacidade do treinador em administrar o elenco.

"Ele é muito humano, é respeitado por todos. Isso é um dos segredos que sempre aprendi. Ninguém dá um feedback melhor que o atleta sobre o treinador. Ninguém fala melhor porque convive diretamente, tem conflitos entre atleta e treinador. Todos nós passamos isso aqui. O Corinthians não é diferente de nenhum clube. O atleta que está fora quer jogar, e os titulares não querem sair. Isso gera conflito. Quando tem um elenco qualificado como a gente costuma ter, tem a administração do conflito e se conhece as pessoas. Isso ele faz com maestria inigualável. Ninguém faz melhor que ele".