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D. Alves sabe o que fazer quando se aposentar. E não tem a ver com futebol

Lateral prevê futuro na gastronomia, na moda ou na música. Ou nas três coisas - Divulgação
Lateral prevê futuro na gastronomia, na moda ou na música. Ou nas três coisas Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

22/02/2016 08h53

Aos 32 anos, Daniel Alves já começa a projetar o que fará no final da carreira. Em primeiro lugar, quer voltar a jogar no Bahia, clube que o revelou e pelo qual atuou profissionalmente em 2001 e 2002; depois, quer pendurar as chuteiras e começar a cozinhar.

“Eu já prometi que vou terminar minha carreira onde comecei (no Bahia), como uma maneira de agradecer a todos que me deram uma chance de fazer meu nome no futebol. Quero passar por lá antes de me aposentar, mas de forma que seja bom para mim e para eles também. Vou me manter em forma para voltar e não decepcionar (risadas). A ideia é que seja divertido para todos os envolvidos”, disse o camisa 2 do Barcelona, em entrevista ao site da Fifa.

Daniel Alves ainda admitiu o desejo de fazer algo incomum após o fim da carreira: investir em gastronomia. O jogador é dono de um restaurante brasileiro em Barcelona, e admite que pode seguir este caminho após encerrar sua trajetória nos gramados.

“Gosto de gastronomia, música e moda, então vou acabar me envolvendo com uma destas três áreas – ou até com as três. São coisas pelas quais tenho paixão, e eu só faço as coisas pelas quais sou apaixonado”, disse, descartando a possibilidade de seguir no futebol após encerrar sua carreira como jogador.

“Futebol também (é paixão), mas não devo continuar envolvido com isso. Há muitas coisas das quais eu não gosto, e eu sempre vou onde me sinto bem, me sinto em casa. Gosto de sentir a energia fluir de maneira positiva, não na direção de interesses externos”, completou.

O jogador afirmou ainda que que o fato de viver na Espanha há mais de 13 anos (chegou em 2002 ao Sevilla) teve “um grande impacto” em sua vida cultural.

“Foi na Europa que eu passei da adolescência para a idade adulta, e onde eu passei por uma grande evolução – como jogador e como pessoa. Acho que (ir para o futebol europeu) foi a decisão certa”, avaliou o jogador, que admitiu ter se tornado também mais contestador com a imprensa nos últimos anos.

"Estou cansado de tudo isso. Gosto de falar sobre futebol, sobre jogadores em campo. As pessoas ganham seus salários, vivem suas vidas e lutam em campo para conquistar suas coisas. Mas aí, quando você expressa uma opinião, causa espanto", afirmou.