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Dorival repete 2010 e "quebra a cabeça" para remontar quarteto ofensivo

Dorival Júnior não encontrou um substituto para Geuvânio e Marquinhos Gabriel - Divulgação/Santos FC
Dorival Júnior não encontrou um substituto para Geuvânio e Marquinhos Gabriel Imagem: Divulgação/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

22/02/2016 06h01

O técnico Dorival Júnior ainda busca por uma solução para resolver o seu principal problema neste início de temporada. O comandante santista não encontrou um substituto para Geuvânio e Marquinhos Gabriel, antigos titulares do ataque, e revê filme similar ao de 2010, quando precisou reinventar taticamente a equipe.

Paulinho e o argentino Patito Rodríguez ainda não agradaram. As demais opções, como os atacantes Neto Berola e Marquinhos,  também não empolgam. O camaronês Joel, contratado por empréstimo do Cruzeiro e que teve boa atuação contra o Palmeiras, é visto como substituto de Ricardo Oliveira.

Dorival cogita, agora, recorrer a escalação de um meio-campista e vê em Serginho o principal nome por sua versatilidade. O jovem tem recebido oportunidades com o treinador e marcou um bonito gol no empate por 2 a 2 contra o Bahia, em um amistoso durante a pré-temporada. Titular contra o Palmeiras, ele foi bastante elogiado por Dorival após a partida. 

"Jogo foi difícil e gostei da entrada do Patito em Novorizonte, ele desempenhou a função bem. Hoje fizemos a opção com Serginho, buscando a função que o Marquinhos Gabriel executava. Ele demorou um tempo para adaptação. O Serginho sai na frente do que o Gabriel mostrou lá atrás", afirmou o treinador, comparando o meia com Gabigol. 

A entrada de Serginho, entretanto, ainda causa dúvidas nas arquibancadas. Com um jogador com características mais de meio-campista e menos de um atacante que atua pelas pontas, o temor de torcedores e conselheiros é de que a equipe não consiga mais apresentar o futebol empolgante desde a chegada do treinador.

A necessidade de uma adaptação tática já foi bem-sucedida por Dorival dentro do próprio Santos. Em 2010, após os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, o técnico precisou reformatar a equipe campeã após as perdas de Wesley, negociado com o Werder Bremen, André, com o Dínamo de Kiev, e Robinho, com o Milan.

O treinador utilizou a mesma tática, tirando da formação inicial um dos quatro homens de frente para a entrada de Danilo no meio de campo.  A equipe, conhecida por sua ofensividade no primeiro semestre, autora de goleadas de 10 a 0, 9 a 1, 8 a 1 e outras, perdeu o seu ímpeto ofensivo, mas manteve a competitividade, ficando entre os quatro primeiros colocados até a sua saída.

Para executar o plano, Dorival ainda tem o jovem Vitor Bueno, com características mais semelhantes as de Lucas Lima. Rafael Longuine, eleito a revelação do Estadual no último ano, caiu em esquecimento com o treinador, enquanto Elano dificilmente será aproveitado.

O Santos ainda contratou recentemente o atacante argentino Maxi Rolón. O treinador sequer foi consultado e disse conhecer pouco do jogador.