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Filho de Cafu será companheiro de ataque de Adriano: 'grande oportunidade'

Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook

Juliana Alencar

Do UOL, em São Paulo

05/03/2016 06h00

Wellington, de 25 anos, se acostumou a estar na sombra do pai, o lateral direito Cafu, capitão do Mundial de 2002 com a seleção brasileira. A partir do dia 10,  no entanto, o jogador agora terá outro ex-ídolo da seleção para ocupar essa função: Adriano Imperador. Anunciado como reforço do Miami United, Wellington deverá fazer dobradinha com o carioca no ataque do time norte-americano.

"Eu jogo mais aberto, Adriano é mais de área", compara Wellington, entusiasmado com a nova oportunidade. "Estou muito feliz de poder voltar a jogar, ainda mais ao lado de um jogador que tem uma história como a Adriano tem", declarou.

O recomeço de Adriano é também o recomeço de Wellington. O jogador, que teve passagens pela base de times como Roma e Milan - ambos na época em que Cafu atuava no futebol italiano -, espera que a ida ao Miami United seja uma oportunidade de retomar a carreira, interrompida por quase quatro anos, por uma série de lesões. O último time que defendeu foi o Grêmio Osasco, clube dirigido por Vampeta.  

"Para mim, é um novo começo também. E o futebol nos Estados Unidos está crescendo, vi isso de perto. É uma grande oportunidade", explica. No ano passado, quando estava em recuperação física, fez uma espécie de pré-temporada nos Strikers, clube de Ronaldo Fenômeno: "Estou 100% agora".

"A maior contribuição de Adriano é a trajetória"

Wellington conta que ainda não teve oportunidade de conversar com Adriano desde que fechou com o Miami United. Mas diz conhecer o atleta desde o tempo que viveu na Itália. "Morei por 11 anos lá, meu pai e eles se encontravam por causa do futebol", comenta o jogador, que vê o Imperador como um grande embaixador do futebol. "Acho que a maior contribuição dele é com a trajetória. Isso é importante".

Pouco conhecido no esporte, Wellington, no entanto, também chega com certo cartaz. E atribui isso ao pai, com quem o presidente do clube, o italiano Roberto Saca, mantinha relações profissionais. Pela primeira vez, Wellington deverá usar o apelido dele como sobrenome. Cafu, inclusive, estará na apresentação do filho no dia 10.

"Devo passar a assinar como Wellington Cafu. Tem o peso nisso, não é fácil. Mas tenho que aproveitar as portas que se abrem por causa dele", afirma Wellington. Perguntado se acha que herdou mais o talento ou a disciplina do pai, o jogador diz que "tem um pouco de cada". "Meu pai sempre me mostrou a necessidade de se cuidar. Hoje você o vê, aos 48 anos, e ele corre mais do que eu", conta o rapaz.