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Após 'apostas', Flu muda perfil e abre os cofres para fechar com Levir

Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/03/2016 06h00

Uma das características do futebol do Fluminense nos últimos anos era apostar em um técnico em início de carreira e que, consequentemente, recebesse um salário mais baixo. Porém, o Tricolor não teve o resultado esperado com as 'apostas' e mudou a forma de pensar. O presidente Peter Siemsen deixou clara a decisão ao eleger Levir Culpi e Cuca como principais alvos.

Levir Culpi foi o escolhido. Após duas reuniões na casa de Peter Siemsen com o empresário do treinador Juliano D’Avila, o sonhado acordo financeiro ocorreu. Nem os R$ 400 mil que o treinador pediu, nem os R$ 250 mil oferecidos pelo clube. As partes chegaram até um meio termo e fecharam em R$ 350 mil.

O valor é quase três vezes maior que o Fluminense pagava para Eduardo Baptista (R$ 150 mil). E isso evidencia o aumento do investimento para se ter um treinador de ponta no clube, o que não ocorria desde a saída de Dorival Júnior, em 2013.

O curioso é que o Fluminense havia deixado de contratar medalhões justamente em 2013, quando o time acabou o Brasileiro entre os últimos quatro colocados e só não foi rebaixado para a Série B por conta do erro da Portuguesa e do Flamengo que escalaram jogadores irregulares e perderam pontos.

Naquele ano, o Fluminense iniciou a temporada com Abel Braga, que deu lugar a Vanderlei Luxemburgo. O treinador ficou nas Laranjeiras pouco mais de três meses e foi sucedido por Dorival Júnior que não conseguiu melhorar a equipe e acabou demitido após o fim do Brasileiro.

Após a desastrosa temporada, o Fluminense decidiu deixar os medalhões de lado. Não que Renato Gaúcho seja um iniciante, mas também não está na lista dos principais treinadores do Brasil. Durou somente três meses no Tricolor. Com Cristóvão Borges o trabalho foi mais longo. Ficou mais de um ano até ser demitido.

E foi nesse momento que o Fluminense passou a realmente a fazer verdadeiras apostas, com nomes poucos conhecidos entre os torcedores. O primeiro foi Ricardo Drubscky, que não resistiu a mais de três meses de trabalho. Enderson Moreira, por sua vez, assumiu no meio da temporada e não conseguiu chegar ao fim de 2015, quando chegou a hora de Eduardo Baptista.

A desconfiança da torcida com os últimos três nomes foi tão grande que o Fluminense voltou atrás e decidiu investir novamente na contratação de um técnico de ponta. Com Levir Culpi, o Tricolor espera navegar em mares menos tortuosos. A conferir...