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Lateral desbanca ex-seleção e vira novo xodó no time do Inter

Arthur comemora gol com a camisa do Internacional e titularidade do time - Ricardo Duarte/Divulgação/Inter
Arthur comemora gol com a camisa do Internacional e titularidade do time Imagem: Ricardo Duarte/Divulgação/Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

18/03/2016 06h00

Até agosto, Geferson era o novo lateral esquerdo titular do Internacional. Com direito a convocação, um tanto quanto surpreendente, para disputar a Copa América com a seleção brasileira. Só que ainda em 2015, um outro jogador formado na base mudou tudo. Artur é o dono da posição atualmente e se tornou peça-chave no time treinado por Argel.

A queda técnica e cirurgia no ombro de Geferson, aliada às atuações de Artur inverteram a ordem. O último da lista tomou o primeiro lugar e agora é xodó. É o mais novo exemplo da excelência do Inter em formar jogadores.

“Ano passado eu aprendi muito, mas agora estou mais confiante. Consigo jogar melhor o meu futebol, mostrar tudo que posso fazer”, conta Artur ao UOL Esporte.

A amostra inclui um gol e duas assistências. Além de função ofensiva, apoio constante e chutes fortes de fora da área. As características dele fecharam com uma ideia para o Inter de 2016.

Depois de sobreviver durante todo o segundo semestre com bolas paradas, contra-ataques e pressão nos minutos iniciais, Argel decidiu mudar. Passou a explorar os lados do campo. Ordenou que os meias adotassem troca de posição contínua. Mas principalmente deu liberdade para os laterais atacarem.

"Desde a pré-temporada ele vem falando sobre esse jeito de jogar. Trabalhamos muito isso e tem dado certo. Estamos melhorando", comenta o lateral esquerdo.

Com William e Artur bem abertos nos flancos, Argel deixou no passado o modelo onde o jogo pelo meio era preferencial – isso mesmo quando D’Alessandro ainda estava no clube. Pelos lados, o Inter explora cruzamentos, mas também sobreposição e infiltração.

"A primeira coisa é cuidar da defesa, isso é claro. Depois, é ir ajudar na frente", explica Artur. "Mas sim, me considero uma boa arma ofensiva", completa sorrindo.

Para a diretoria, o caso de Artur caiu como uma luva. Além dele, o elenco principal tem Geferson e Paulo Cézar para a função. No time B, Oliveira. A lista grande foi uma das justificativas para topar a venda de Rogério a Juventus-ITA.

E também deu força ao discurso de valorização da base. Com 22 atletas formados no clube participando do elenco principal, o Internacional trata a temporada como um momento de reformulação. E Artur está em destaque.