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Flu aposta em intercâmbio e torneios internacionais para formar atletas

Guilherme (esquerda) tira selfie com a família Plunkett, que o recebe nos EUA - Divulgação/Fluminense
Guilherme (esquerda) tira selfie com a família Plunkett, que o recebe nos EUA Imagem: Divulgação/Fluminense

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/03/2016 06h00

Reconhecidamente como clube formador, o Fluminense adota práticas um tanto quanto incomuns no meio do futebol. O clube, por exemplo, disputa torneios internacionais com as categorias inferiores e troca o conforto dos hotéis para ficar na casa de moradores locais, onde os jogadores fazem intercâmbio. Vários atletas já participaram desse processo e hoje colhem frutos nos profissionais, casos de Gerson, Scarpa, Marlon, Danielzinho e Douglas.

A prática tem um objetivo claro: investir no ser humano. O Fluminense acredita e adotou o lema "Faça uma pessoa melhor, que você terá um jogador melhor". A experiência permite que os jovens atletas possam fazer parte de uma nova cultura, além de colocar em prática e melhorar o nível do inglês ensinado no centro de treinamento da base, em Xerém.

O Fluminense, inclusive, está neste momento nos Estados Unidos, onde participa da Dallas Cup. O Tricolor passou da frase de grupos após vitórias sobre FC Dallas, Middlesbrough-ING e Queretaro-MEX. Agora a equipe encara o Fulham-ING pelas semifinais. O gerente geral da base Marcelo Teixeira explica o processo.

"Temos um lema em Xerém que é 'Faça uma pessoa melhor, que você terá um jogador melhor'. Buscamos sempre nas nossas viagens internacionais a oportunidade de deixar os meninos em casas de famílias, como está acontecendo na Dallas Cup. O jogador conhece uma nova cultura, um novo estilo de vida, uma língua diferente e isso certamente faz o jogador se desenvolver melhor. Ficamos felizes porque os atletas gostam, entendem e em muitas vezes levam a amizade e contato com aquela família estrangeira para sempre. Muitos pais gastam uma fortuna para dar a oportunidade de seus filhos terem este intercâmbio e aqui no Fluminense nós damos a estes meninos está oportunidade", disse o dirigente ao UOL Esporte.

"Acho muito legal podermos ficar em casas de famílias aqui na Dallas Cup. Estou com o João Vitor na casa da família Plunkett. Eles são bem legais, a cultura é bem diferente da nossa, mas estamos nos adaptando. Eles fazem de tudo para nos ajudar. Aprendemos muitas coisas novas, amplia a nossa forma de pensar. Estou achando muito maneiro. Chegamos na fase final da competição. Os jogos são complicados, os times atuam de forma diferente do que estamos acostumados no Brasil. Enfrentamos time da Inglaterra, dos Estados Unidos e do México, cada um com sua escola, com seu tipo de jogo. A maioria muito pegado, muita força física e velocidade", completou Guilherme, volante do Sub-20.

Michael Johnson ao lado do gerente geral da base Marcelo Teixeira nos EUA - Divulgação/Fluminense - Divulgação/Fluminense
Imagem: Divulgação/Fluminense

Nos Estados Unidos, o Fluminense tem a oportunidade de usufruir da estrutura de um de seus parceiros internacionais: a Michael Johnson Perfomance. O centro de treinamento tem instalações de primeiro mundo e contribuem para um melhor desempenho do Tricolor.

"A Dallas Cup é uma competição importante não só pela qualidade dos clubes envolvidos, mas pela nossa oportunidade de usarmos o principal centro de performance do mundo, que é a Michael Johnson Perfomance. Com a nossa parceira, tivemos a oportunidade de trabalhar lá e colocar nossos atletas da base para desfrutarem de toda a estrutura de primeiro mundo que nos foi oferecida. Nosso treinador, nosso preparador físico e nosso fisiologista também participaram deste intercâmbio que é fundamental para o desenvolvimento dos nossos profissionais. Nos reunimos com o Michael Johnson e a parceria, que já é ótima ficará cada vez melhor", finalizou Teixeira.