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Mexicanos estrelam campanha que pede o fim de gritos homofóbicos no futebol

Do UOL, em São Paulo

29/03/2016 19h11

Os jogadores da seleção mexicana deram um passo importante nesta terça-feira para acabar com os insultos homofóbicos nas partidas de futebol. Chicharito, Héctor Herrera, Chuy Corona, Rafa Márquez, entre outros, gravaram um vídeo para estimular os torcedores a não gritarem para os goleiros adversários a palavra "puto", uma forma desrespeitosa para se referir aos homossexuais, nos instantes que antecedem os tiros de meta.

"Abraçados pelo futebol", a campanha lançada pela Federação Mexicana de Futebol, traz apelos dos atletas para que ninguém seja discriminado e que as diferenças sejam respeitadas. Apesar de não haver no vídeo uma referência clara à homofobia, as discussões sobre o tema se intensificaram durante a última edição da Copa do Mundo.

De um lado, estavam os que consideravam a provocação aos goleiros um folclore do futebol nacional. As vozes dissonantes alertavam para o perigo de que manifestações racistas e homofóbicas se tornassem cada vez mais comuns em estádios de futebol.

A intenção dos dirigentes mexicanos é que os gritos de "puto" não sejam ouvidos durante a campanha da seleção nacional nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

Em janeiro deste ano, a Federação Mexicana de Futebol recebeu uma multa de mais de 20 mil dólares (cerca de R$ 72 mil) por não fazer nada para evitar os cânticos homofóbicos durante uma partida contra El Salvador.