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Brasileiros conhecem estatuto da Liga Sul-Americana e sofrem com CBF fraca

Danilo Lavieri e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

31/03/2016 12h29

Os brasileiros tiveram seu primeiro contato com a minuta estatuto da Liga Sul-Americana, formada por cerca de 40 clubes de todo continente. Em evento realizado nesta quinta-feira (31) no Estádio do Morumbi, eles fizeram o primeiro encontro em terras brasileiras e reforçaram as cobranças em cima da Conmebol. Montevidéu, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina, já haviam sido sede anteriormente.

Estiveram no encontro representantes do São Paulo, Corinthians, Santos, Palmeiras, Grêmio, Flamengo, Atlético-MG e Vasco. Internacional, Botafogo, Fluminense e Cruzeiro marcaram presença na reunião entre os departamentos jurídicos na quarta-feira.

Para dar força ao grupo, já há uma minuta de estatuto que será assinada por todos participantes em breve e uma discussão sobre uma nova sede. Argentina, Uruguai e Brasil são os favoritos.

Politicamente, os clubes brasileiros reconhecem que a fraqueza da CBF, mergulhada em um escândalo de corrupção, poderia prejudicar a força do Brasil no grupo. Por isso, usam o argumento econômico para mostrar que uma cidade como São Paulo seria a ideal para centralizar as decisões. Porto Alegre também é candidato a cidade-sede.

Também no aspecto político, os brasileiros argumentam que todo o continente passa por transformações por causa das investigações de corrupção.

Deixando de lado a cidade que será sede, a ideia é cobrar transparência da entidade que cuida do futebol sul-americano, entender como o dinheiro é usado e aumentar a participação política e financeira nas competições do continente.

Há outras discussões paralelas, como aumentar o período de disputa da Libertadores e da Sul-Americana, colocando um calendário anual, por exemplo. Preços de multas aos clubes por quebra de regulamento também são questionados.