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Fla rebate Sindicato e vê 'revanche' após cobrança por transparência

Júlio César Guimarães/ UOL
Imagem: Júlio César Guimarães/ UOL

Bernardo Gentile e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/04/2016 16h29

Uma semana após o Sindicato dos Atletas do Rio de Janeiro (Saferj) atacar o Flamengo por conta do excesso de jogos e viagens em 2016, o clube carioca rebateu a entidade e tentou entender os motivos das críticas divulgadas em uma nota oficial.

Primeiramente, o presidente do Rubro-negro disse que nenhum jogador foi obrigado a disputar todos os jogos, evitando assim um desgaste ainda maior. “Estranhamos muito o teor da nota. Nenhum atleta está se sentindo mal por isso, nosso departamento médico, juntamente com a comissão técnica está cuidando do planejamento. Nenhum jogador foi obrigado a disputar todos os jogos. Estamos preocupados em fazer um revezamento para prevenir qualquer problema”, disse Bandeira, em contato com a reportagem do UOL.

“Eles criticam ainda a Primeira Liga e utilizam argumentos que parecem ser retirados de uma nota oficial da Ferj. Todos sabem que a Liga é uma tentativa de buscar uma solução rentável para o primeiro quadrimestre do ano. E tem sido um sucesso, está mais que comprovado”, completou o presidente.

Após seguidas reuniões com sua diretoria, Eduardo Bandeira de Mello acredita que as críticas pesadas do Sindicato representem um revanchismo por conta de cobranças recentes feitas pelo Flamengo à Saferj.

“Foi estranha essa fúria direcionada apenas ao Flamengo e nos perguntamos os motivos disso. Ocorre que nossa área financeira questionou o Sindicato sobre os repasses aos jogadores dos direitos de arena. Tínhamos dúvida sobre o repasse. Perguntamos tudo: por que acontece uma retenção por parte do sindicato? Por que não há transparência? Por que nem jogadores e nem clubes têm acesso às contas? E os jogadores só recebem depois de algum tempo decorrido. Isso é legal. Direito de arena é um pagamento importante. Para um jogador de salário médio, isso é o equivalente ao 14º e ao 15º salário. Falamos de um recurso muito importante. Gostaríamos de saber como estava chegando. A partir do momento que fizemos esse questionamento, fomos atacados com essa nota. Vamos brigar sempre pela transparência, talvez isso explique a raiva”, disse o presidente do clube da Gávea.