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R. Oliveira está encantado com Dunga e diz que atletas não estão tranquilos

Atacante rasga elogios a Dunga e vê responsabilidade maior dos atletas da seleção - AP Photo/Jorge Saenz
Atacante rasga elogios a Dunga e vê responsabilidade maior dos atletas da seleção Imagem: AP Photo/Jorge Saenz

Samir Carvalho

Do UOL, emSantos (SP)

07/04/2016 12h53

O atacante Ricardo Oliveira pelo jeito discorda de muitos brasileiros quando o assunto é seleção brasileira. O capitão do Santos aprova o trabalho do técnico Dunga, que sofre forte pressão após empatar os dois últimos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 – contra Uruguai e Paraguai - e deixar o Brasil fora da zona de classificação. O atacante, inclusive, ressalta que está encantado em trabalhar com o treinador.

“Eu fico encantado em trabalhar com o Dunga. Penúltima vez foi no Milan, em 2007, jogo amistoso. Até então nunca mais tinha feito parte da seleção, foi com ele (Dunga) que voltei e estou participando bem. Essa cobrança é pela falta de resultados, infelizmente futebol é assim. Acho que nós vamos crescer muito, e a gente entende que tudo que o Dunga está fazendo é para jogarmos bom futebol, acima de tudo. Ele sabe do material que tem nas mãos, jogadores de alto nível, que podem render o que vocês e todos nós esperamos”, afirmou Ricardo Oliveira.

Entretanto, Ricardo Oliveira reconhece que a seleção brasileira precisa melhorar o coletivo para amenizar a pressão. O artilheiro alega que os jogadores não estão tranquilos por causa da situação do Brasil nas Eliminatórias e avisa que o grupo não estão com medo de encarar a crise.

“É normal esse tipo de pressão, por ser seleção, cinco Copas do Mundo. Temos que entender, absorver e procurar crescer. Não estamos tranquilos, mas não estamos com medo. Eu tenho um ponto de vista diferente. O que deixa de fato evidente é que nós precisamos melhorar muito como coletivo, precisamos crescer como equipe. E o fato de estar se falando em cobrança, essas coisas, não se pode esperar menos da seleção brasileira”, declarou.

“Hoje existe uma cobrança muito grande, talvez ainda por causa da Copa e as pessoas querendo ver a seleção jogando bem, assim como nós e comissão técnica querem. Isso não é positivo para os atletas, entendemos que somos os principais responsáveis. Não vou me esconder atrás do time não jogar bem. Nunca faço isso e nem nunca vou fazer. Temos responsabilidade de fazer boas apresentações”, completou.

Com os empates contra Uruguai e Paraguai, o Brasil caiu duas colocações e terminou a sexta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas na sexta colocação, empatado com o Paraguai com 9 pontos. A última seleção dentro da zona de classificação é a Colômbia, com 10 pontos. O Uruguai lidera a competição com 13 pontos após derrotar o Peru nesta terça (29). 

Agora, o Brasil voltará a campo pelas Eliminatórias da Copa apenas em setembro, quando enfrentará o Equador e, na sequência, a Colômbia.

“Existe um certo pessimismo. Se não empatássemos contra o Uruguai, a situação era outra. Segundo tempo contra o Paraguai foi bom, e quase fizemos o terceiro gol. Acredito que mais cinco minutos faríamos o terceiro. Dois empates, fora da zona de classificação. Existe um pessimismo de várias pessoas, mas não em nós. Sabemos da nossa capacidade. Precisamos melhorar em todos os sentidos”, concluiu.