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Cuca lamenta falta de padrão por sequência de jogos e problemas físicos

Cuca ainda não conseguiu implementar completamente sua forma de trabalho no Palmeiras - Cesar Greco/Ag Palmeiras
Cuca ainda não conseguiu implementar completamente sua forma de trabalho no Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

08/04/2016 17h52

O técnico Cuca concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira(08), dois dias antes do decisivo confronto contra o Mogi-Mirim, fora de casa, quando o Palmeiras tentará assegurar a classificação para a próxima fase do Campeonato Paulista.

Segundo o treinador, o Palmeiras já evoluiu desde sua chegada ao clube. No entanto, o pouco tempo para treinar e os constantes problemas por desgaste físico prejudicam que ele consiga implementar o que pensa para a parte tática da equipe e, assim, criar um padrão de jogo.

“Quando eu falo de padrão, não é pelo ex-treinador, é por mim. Padrão é você ter várias condições táticas, um padrão do jogador saber onde pode jogar. Ter repetição de time. Me refiro a mim, que ainda não dei esse padrão por não ter podido repetir equipe e firmado os 11 titulares, e nem quero, quero ter 15, 16 titulares e ir usando como a gente tem feito. (Com o tempo) Vem entrosamento, conjunto, os jogadores entenderem como o companheiro gosta da bola, e isso se torna padrão de jogo. Você tem que provar todo dia que é bom, você não pode ficar fora de campeonatos importantes, como o Paulista”, avaliou o treinador.

Ainda de acordo com Cuca, a sequência de jogos decisivos impede que ele poupe determinados jogadores, pois isso poderia significar a eliminação na Libertadores e no Paulistão. Para o jogo decisivo contra o Mogi-Mirim, o técnico poderá ter até cinco desfalques por conta do intenso jogo realizado contra o Rosario Central, quarta-feira (06), na Argentina.

“Não tenho Edu Dracena, Egídio, Gabriel Jesus, Arouca e Zé Roberto. Jogamos contra o Corinthians, que no meio da semana não tinha tido desgaste, enquanto o Palmeiras teve contra o Rio Claro porque o momento era muito ruim. Jogamos contra o Rosario, que não perdia quase há 50 jogos na Argentina e empata muito pouco. Eles tiveram a semana inteira para trabalhar e estavam zerados no desgaste. Propusemos o jogo enquanto tínhamos capacidade física. É normal ir pendendo jogadores, porque você não tem como preservar, são jogos importantes. Se perder no domingo para poupar pra quarta, acabou o Paulista”, avaliou o técnico, referindo-se ao duelo decisivo contra o River Plate-URU, na próxima semana, pela última rodada da Libertadores.

Para o jogo decisivo contra o Mogi-Mirim, Cuca ainda não sabe quem será a equipe escalada, mas garantiu que está atento a todos os jogadores do elenco, mesmo aqueles que não estão recebendo muitas oportunidades. O treinador citou até o caso de Victor Luis, lateral esquerdo que não estava inscrito no Paulistão, mas acabou ficando com a vaga de Moisés, que se machucou e não atuará até junho.

“Tem coisas boas que você vê dentro do elenco. Jogador às vezes fica bravo por não estar jogando e a gente entende, isso é momento, ele tem que tem que ser titular. Eles estão bem trabalhados e tenho confiança neles. Gosto que jogador saiba que vai jogar por mim. Como não treinei ainda, amanhã defino o time”, detalhou Cuca.

Por fim, o técnico não quis avaliar o jogo entre Nacional e River Plate-URU, que aconteceu nesta quinta-feira (08) à noite e terminou empatado em 2 a 2. Para Cuca, o momento de pensar no torneio continental será só na próxima semana.

“O 2 a 2 a gente não sabe se foi bom, o que seria melhor que acontecesse. Não tinha muito o que fazer ou torcer na conjuntura do que está acontecendo, temos que fazer um resultado de três gols aqui e o Nacional vencer lá, mas isso é para semana que vem”, finalizou Cuca.