Santos critica calendário e promete 'time reserva' na Copa do Brasil
O Santos deve estrear na Copa do Brasil com uma equipe totalmente reserva. Isso porque o alvinegro praiano tem um duelo contra o Santos do Amapá, no estádio Zerão, em Macapá, dia 21 deste mês, em meio aos jogos de quartas e semifinal do Campeonato Paulista.
O presidente Modesto Roma criticou o calendário do futebol brasileiro. O mandatário confirmou que só enviará o time principal caso o Santos seja eliminado pelo São Bento no próximo sábado, às 18h30 (de Brasília), na Vila Belmiro, pelo Paulistão.
“O Santos joga a Copa do Brasil, que é em Macapá, bem mais longe que Bueno Aires. Eu vou com meus jogadores, é que temos um elenco grande. Não preciso colocar Gabriel (Gabigol), Ricardo (Oliveira). Não se esqueça que temos jogos na semana seguinte e, se passarmos do São Bento, não posso arriscar”, afirmou Modesto Roma.
“Se o São Bento ganhar, podemos jogar com o principal. Mas se ganharmos, que é nosso objetivo, não podemos viajar ao Macapá na quinta com viagem de volta às 17h de sexta, para jogar sábado ou domingo o Paulista. Temos que ter responsabilidade, os outros deveriam ter, mas paciência”, completou.
A decisão foi tomada em conjunto com a comissão técnica. A escalação de time reserva ou titular já gerou um desconforto entre o técnico Dorival Júnior e o presidente Modesto Roma no ano passado.
Tudo começou no final do ano passado, mais precisamente em meio ao duelo entre a equipe santista e o Coritiba, válido pela antepenúltima rodada do Campeonato Brasileiro, em Curitiba.
Na ocasião, o presidente Modesto Roma discutiu por telefone com Dorival Júnior por causa da escalação da equipe. O motivo foi a ausência de todos os titulares na partida contra os paranaenses. O mandatário não concordou com a decisão do treinador que, por sua vez, reprovou o questionamento do dirigente.
Duas semanas depois, o Santos ficou de fora da Copa Libertadores da América por dois motivos: tropeçou com o time reserva na reta final do Brasileirão e perdeu o título da Copa do Brasil para o Palmeiras. A ausência na competição continental iniciou a desconfiança de parte da diretoria em relação ao trabalho de Dorival.
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