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Batistuta quer voltar ao futebol como treinador após superar drama pessoal

Gabriel Batistuta fez história com a camisa da seleção argentina - Getty Images
Gabriel Batistuta fez história com a camisa da seleção argentina Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/04/2016 21h01

Após se aposentar do futebol em 2005 e enfrentar sérios problemas pessoais causados por um problema nos tornozelos, que geraram até boatos que seria necessária uma amputação, o ex-atacante Gabriel Batistuta, maior artilheiro da história da seleção argentina, está cogitando retornar ao futebol, mas como treinador.

Em entrevista ao jornal Gazzetta Dello Sport, Batistuta salientou que gostaria de assumir o cargo de treinador em alguma equipe, mas desde que “as condições certas sejam apresentadas”.

“Se, em algum ponto, o projeto surgir, eu iria voltar ao futebol como treinador, mas precisaria ser algo sério e em um grande clube. Eu gostaria de passar adiante o que aprendi e sei, mas, ao mesmo tempo, não quero fazer isso apenas por fazer”, relatou Batistuta.

Enquanto a proposta não vem, o ex-atacante, que fez história com a camisa da Roma e da Fiorentina, avaliou o atual momento da seleção argentina. Com o conhecimento de quem atuou no comando do ataque por muitos anos, Batistuta cravou que seria possível usar uma formação com Agüero e Higuaín na seleção nacional e usou como exemplo sua parceria com Hernan Crespo, que também era um atacante com características de centroavante.

“Quando eu olho para eles durante os treinamentos, eu não consigo acreditar no enorme potencial que nós temos. Eu acho que eles poderiam jogar juntos, eu colocaria os dois como “camisa 9” e veria se teríamos resultado”, avaliou o atacante, acrescentando.

“É legal estar sozinho à frente e receber o apoio dos meio-campistas, mas só depende da inteligência dos dois atacantes se eles conseguem jogar juntos ou não. Em alguns momentos, um precisa se sacrificar pelo outro, pelo bem da equipe. Crespo e eu podíamos jogar juntos, nós dois somos pessoas inteligentes. Ele não jogava com o ego, nós só queríamos vencer. Em todo caso, o técnico é o responsável por decidir, mesmo que seja difícil deixar alguém fora’, concluiu Batistuta, que marcou 56 gols em 78 jogos com a camisa da Argentina.