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São Paulo define data para decidir punições a Aidar e Ataíde

Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo - Eduardo Anizelli-17.dez.2014/Folhapress
Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo Imagem: Eduardo Anizelli-17.dez.2014/Folhapress

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

15/04/2016 14h40

O conselho deliberativo do São Paulo convocou reunião extraordinária no próximo dia 25 para decidir punições ao ex-presidente Carlos Miguel Aidar e ao ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro devido à briga ocorrida em 5 de outubro de 2015 no Hotel Radisson, na zona oeste da capital paulista. Segundo o comitê de ética, o parecer também levará em conta as denúncias de corrupção contra a gestão Aidar.

Aidar e Gil Guerreiro podem até ser expulsos do mandato de conselheiros do São Paulo na reunião do próximo dia 25.

No encontro, o comitê de ética do clube apresentará o parecer emitido após apuração interna, junto com a punição que julgou pertinente: pode variar entre advertência, suspensão de 90 dias e expulsão do conselho deliberativo. Caberá aos membros do conselho decidirem se acatam ou não o parecer. Se for acatado, a punição será cumprida. Se recusado, o caso será arquivado.

O ex-vice de futebol afirmou à época que chegou a segurar Aidar pelo pescoço, mas negou que tivesse desferido um soco no então presidente. Gil Guerreiro justificou, então, que teve a atitude intempestiva depois de Aidar ter negado que lhe teria oferecido desviar e repartir a comissão na contratação de um jogador da Portuguesa.

Mais tarde, Gil Guerreiro divulgou gravação de conversa feita dias antes na qual Aidar de fato sugere o desvio. Aidar justifica que propôs o desvio para ajudar Gil Guerreiro, que passava por dificuldades financeiras.

A briga entre Gil Guerreiro e Aidar foi o estopim para a crise de gestão que fez ruir a base aliada do então presidente. Três dias depois, o UOL Esporte obteve e-mail enviado por Gil Guerreiro a Aidar no qual o ex-vice de futebol acusava o presidente de desvios de dinheiro, tentativa de comissionamento pessoal no contrato com a Under Armour e pedia sua renúncia para evitar o impeachment. Nos dias seguintes, os partidos aliados deixaram a gestão e, no dia 13 de outubro, Aidar entregou carta de renúncia ao conselho deliberativo.