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Aidar move ação contra Ataíde e o acusa de difamação e injúria

Eduardo Anizelli-17.dez.2014/Folhapress
Imagem: Eduardo Anizelli-17.dez.2014/Folhapress

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

05/05/2016 16h46

O ex-presidente do São Paulo Carlos Miguel Aidar move ação penal contra o ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, na qual o acusa de difamação e injúria por acusações e ofensas proferidas em e-mails abertos e entrevistas.

A ação afirma que Aidar, que renunciou à presidência sob denúncias de corrupção em 13 de outubro de 2015, teve a honra duramente atingida por Gil Guerreiro, e que este deve responder criminalmente por isso.

O documento ainda diz que Carlos Miguel Aidar tomou a decisão de renunciar por causa das acusações e ofensas de Ataíde: "Por causa das mentiras criadas pelo Querelado, que atingiram duramente a honra e a imagem pública de Carlos Miguel Castex Aidar, o Querelante teve de renunciar em 13 de outubro de 2015 para não prejudicar o Clube que presidia e para preservar a sua família", cita trecho da ação.

Aidar argumenta que, desde o episódio da agressão de Gil Guerreiro a ele, em 5 de outubro, passou a ser acusado e insultado pelo ex-vice de futebol do clube – na ocasião Gil Guerreiro foi demitido do cargo pelo então presidente.

A ação que pode ser consultada no Tribunal de Justiça de São Paulo corre na 1ª Vara Criminal do Foro Regional II de Santo Amaro. Uma audiência de conciliação entre as partes foi marcada para o dia 18 de agosto pela juíza Ana Lucia Siqueira de Figueiredo.

Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro receberam punição máxima dentro do conselho deliberativo do São Paulo, há pouco mais de uma semana, e foram expulsos do quadro político do clube – tiveram os cargos de conselheiros cassados. A comissão de ética do clube apresentou parecer que sugeriu a expulsão de Aidar baseada nas denúncias de atos que lesariam os cofres do clube, alguns com participação da namorada do presidente, Cinira Maturana da Silva, ainda que sem prova. O órgão sugeriu a mesma pena a Gil Guerreiro ao classificar como “tentativa de homicídio” a agressão a Aidar em 5 de outubro.