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Neymar não pode ser exemplo para nossos filhos, critica diretor da DIS

Fundo de investimento entrou com processo na Justiça da Espanha contra Neymar  - GERARD JULIEN/AFP
Fundo de investimento entrou com processo na Justiça da Espanha contra Neymar Imagem: GERARD JULIEN/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/05/2016 08h11Atualizada em 06/05/2016 08h48

O fundo de investimento DIS move processo contra Neymar, acusando a família do jogador de ter fraudado a negociação para o Barcelona, em 2013. Ao jornal Marca, o diretor da DIS, Roberto Moreno, criticou a conduta do atleta e do pai de Neymar, Neymar da Silva.

A DIS detinha parte dos direitos econômicos do jogador quando o Santos acertou a transferência de Neymar para o Barcelona.

Sobre Neymar, Marinho disse que o atleta “não pode ser exemplo para nossos filhos”.

“Nos sentimos traídos e enganados. Nós cuidamos dele quando era uma promessa. Investimos muito dinheiro apesar dos riscos e chegou a um momento em que ele nos enganou. Neymar não pode ser exemplo para nossos filhos, nem um ícone, pois está sendo investigado por evasão e corrupção”, disse.

O representante do fundo de investimento está na Espanha para audiência da ação movida contra Neymar. No processo, a DIS declara que a negociação de Neymar representou em torno de 100 milhões euros, mas, oficialmente, o valor declarado foi de 17,1 milhões de euros. A DIS tinha direito 40% da negociação.

Segundo a empresa, houve estelionato por parte da família de Neymar, simulando acordos “de imagem” (dois acordos de 10 milhões de euros cada) com o Barcelona para não incluir esses valores na partilha da transferência.

O primeiro adiantamento do Barça a Neymar aconteceu em 2011, vésperas da final do Mundial de Clubes entre Santos e o clube espanhol. O segundo ocorreu em 2012, um ano antes de Neymar confirmar sua ida em definitivo para o Barça.

Roberto Moreno, da DIS, afirma que soube desse repasse meses depois.

“Conferimos o balanço anual [de 2012] do Barcelona e havia registro de compromisso de compra de jogadores no valor de 40 milhões de euros, sendo 10 milhões de forma antecipada. A imprensa espanhola dizia que se referia a Neymar. Me estranhou porque minha empresa tinha direito a 40% e ninguém sabia de nada”, conta.

“Na época, procurei a diretoria do Barcelona para perguntar se existia algum contrato com o Neymar e com o pai dele, e a resposta foi que não”. “Mentiram na nossa cara e mais tarde soubemos que haviam firmado contrato que garantia a aquisição antecipada”.