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Cruzeiro explica mudança de planos para treinador e cobra títulos de Bento

Gilvan de Pinho Tavares e Bruno Vicintin, presidente e vice do Cruzeiro, respectivamente - Wahington Alves/Light Press
Gilvan de Pinho Tavares e Bruno Vicintin, presidente e vice do Cruzeiro, respectivamente Imagem: Wahington Alves/Light Press

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

17/05/2016 06h00

“A gente vai escolher o treinador pelos últimos trabalhos que foram feitos por ele, se foram trabalhos bons e com resultados”. Foi o que disse Bruno Vicintin, vice-presidente de futebol, sobre a contratação do novo treinador do Cruzeiro há pouco mais de três semanas. Na chegada de Paulo Bento, técnico que permaneceu desempregado por dois anos, à Toca da Raposa II, o dirigente teve que se explicar.

Questionado sobre a declaração concedida no dia seguinte à demissão de Deivid, o cartola não tergiversou e apontou os feitos do comandante português na década passada, quando venceu duas edições da Taça de Portugal (2006/07 e 2007/08) pelo Sporting. Ele ainda se lembrou da passagem do técnico na seleção lusitana.

“O que a gente sempre falou quando avaliou um treinador, é um treinador que vinha fazendo bons trabalhos. A gente não avalia título, até porque o time pode ganhar um título mais pela condição da equipe que do treinador. O Paulo (Bento) foi campeão português pelo Sporting sub-20, foi promovido ao profissional. Ele perdeu o Campeonato Português por um ponto só. Ele venceu duas Copas de Portugal. Não foi só nossa avaliação, mas também da seleção portuguesa”, afirmou Vicintin.

“Ele fez um belo campeonato continental (Eurocopa) pela seleção portuguesa, perdendo para a Espanha nos pênaltis na semifinal. Portugal está num momento de transição para esta geração. Não fez uma Copa do Mundo tão boa quanto se esperava e, depois, ele saiu da seleção”, acrescentou.

Na ocasião, a diretoria também deixou claro que a sua preferência era por treinadores brasileiros. Não à toa procuraram, a princípio, três técnicos do país: Jorginho, Marcelo Oliveira e Ricardo Gomes. O colombiano Reinaldo Rueda também esteve em pauta, mas por fim a escolha foi contar com o português Paulo Bento.

“Aqui no Cruzeiro a gente não trabalha com apenas uma opção, porque é muito perigoso ter apenas uma opção. Evidentemente, pensamos primeiro em um treinador brasileiro. Da mesma forma que aconteceu com o Deivid, aconteceu com outros treinadores. Quando o Mano Menezes recebeu uma proposta irrecusável, não tinha nenhum treinador de ponta que pudesse substituí-lo naquele momento”, disse.

PRESIDENTE COBRA TÍTULOS

Se o vice de futebol preferiu avaliar os bons trabalhos realizados por Paulo Bento à frente de Sporting e Portugal, o mandatário Gilvan de Pinho Tavares não economizou nas exigências. Durante a apresentação do português, o dirigente optou cobrá-lo por títulos. Ele quer que o Cruzeiro lute pelas conquistas do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil sob a batuta do comandante lusitano:

“Eu sou torcedor igual a todos os outros do Cruzeiro. Não aceito o Cruzeiro entrar em campo sem ser para ganhar. Se o Cruzeiro está disputando Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, é para ganhar qualquer uma das duas competições. No final, vamos avaliar onde dá para chegar. Vamos avaliar e, portanto, queremos disputar os títulos”, comentou.