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Reforço temeu por desistência do Inter e evita comparação com D'Ale

Luis Manuel Seijas assinou contrato de três anos com Inter e jogará com camisa 23 - Jeremias Wernek/UOL
Luis Manuel Seijas assinou contrato de três anos com Inter e jogará com camisa 23 Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

25/05/2016 13h25

O mais novo reforço do Internacional pensou, por uns dias, que não chegaria a Porto Alegre. Apresentado oficialmente nesta quarta-feira (25), Luis Manuel Seijas revelou ter duvidado da paciência do Colorado diante da negociação arrastada com o Independiente Santa Fe-COL. O venezuelano ainda falou que é fã de D’Alessandro e pediu calma com as comparações.

“Eu pensei que não iriam me esperar até junho, achei que iam buscar outro, mas fico feliz que me esperaram”, disse Seijas, logo após receber camisa com o número 23.

O temor dele se justifica pelo conflito durante a negociação. Em março, o Inter fez proposta e pedia transferência imediata – até por conta da janela de transferências internacionais no Brasil. O Santa Fe, envolvido na Copa Libertadores, disse não.

Ao Colorado coube aceitar uma negociação somente para junho, mas desembolsando valor menor na negociação.

“Estou feliz, contente e de poder estar aqui. Fazia uns meses que estava concluído, mas não podia vir. O primeiro é me adaptar, somar. Me adaptar a cidade, o estilo de trabalho. Sei que as expectativas são grandes, mas sei que estou em um momento muito lindo e tenho armas para corresponder a isso”, comentou o meia.

No Brasil apenas para obter visto de trabalho e instalar a família, Seijas deixa Porto Alegre rumo a Copa América. O jogador retorna em definitivo após a disputa do torneio nos Estados Unidos e terá condições legais de atuar somente depois de 20 de junho.

Confira outras respostas de Luis Manuel Seijas:

ACERTO COM O INTERNACIONAL

Estou feliz, contente e de poder estar aqui. Fazia uns meses que estava concluído, mas não podia vir. O primeiro é me adaptar, somar. Me adaptar a cidade, o estilo de trabalho. Sei que as expectativas são grandes, mas sei que estou em um momento muito lindo e tenho armas para corresponder a isso.

O QUE MOTIVOU O ACORDO

A decisão, pessoalmente, foi muito fácil. Foi fácil dizer sim. Mas havia o Santa Fe, o Inter queria que eu chegasse rápido e estávamos no meio da Libertadores. Eu pensei que não iriam me esperar até junho, achei que iam buscar outro, mas fico feliz que me esperaram. Não tive dúvidas em dizer sim.

SUBSTITUIR D'ALESSANDRO

É difícil e é preciso ir com calma nessa pergunta. Andrés é um ídolo, sempre o tive assim. Pela posição, pelo perfil. E quando me falaram que eu viria pela saída dele, sabia da responsabilidade. Mas a minha sorte é que tenho muitos anos em seleção, uma carreira mais sólida. Andrés não era só um líder no campo, mas também fora. Venho para poder ajudar. Mas é difícil substituir Andrés aqui.

REFERÊNCIAS DO INTER

Eu conhecia, Inter é um clube muito conhecido. Não é difícil se informar. Joguei aqui um ano atrás, claro que vários jogadores não estão mais, mas é um grande clube. Isso ajudou a tomar a decisão, a dizer sim. Existe uma qualidade grande de jogadores e espero me integrar rápido ao time. Sei que estou chegando tarde, que isso não é fácil, mas fui muito bem recebido e espero não ter problemas para me adaptar.

DESPEDIDA DO SANTA FE

O que vivi no último jogo em Bogotá foi lindo. Não pensava que seria assim. Obviamente as expectativas são grandes, mas com humildade e a convicção de que passo por um lindo momento na vida posso ajudar.

ONDE E COMO PODE ATUAR

Falar de como jogo e de qualidade não gosto. Mas vou ter compromisso sempre, nunca deixo de tentar. De correr. Sempre estou aberto, jogo onde for preciso. Já joguei de lateral na seleção, mas o que mais gosto é de jogar ofensivamente. Ano passado foi muito bom e joguei mais à frente.

REFERÊNCIAS DO BRASIL

Não tenho conhecidos aqui, mas li muito. O estilo do futebol é diferente aqui no sul e estive na Argentina por alguns anos. Entendo como é o jogo daqui. Acho que será algo positivo. Ser o primeiro venezuelano é ser uma responsabilidade ainda maior. Eu entendo, sei que há uma pressão por esse lado. A minha ideia é sempre abrir portas, Arango já fez isso há anos e quero tentar fazer isso também.

ESCOLHA PELO 23

O número... Sempre usei o 20, não estava disponível. Não tem problema. O 10 está com Andrés, também não tem problema. Eu cresci assistindo o Michael Jordan, o 23 associam ao Jordan, claro, mas o número não joga.