Santos aceita negociar Ricardo Oliveira e revelações, mas não Lucas Lima
A diretoria do Santos sabe que terá um grande problema para resolver após a Copa América Centenário, dos Estados Unidos – o futuro do meia Lucas Lima. O jogador já avisou internamente a cúpula santista que deseja jogar na Europa, mas não terá ‘vida fácil’ para conseguir a liberação na Vila Belmiro.
O UOL Esporte apurou que o presidente Modesto Roma já avisou a sua cúpula que aceita negociar qualquer jogador do elenco, menos o camisa 20. O motivo é o fato de o Santos possuir apenas 10% dos direitos econômicos do atleta.
A lista de atletas negociáveis do Santos envolve o experiente Ricardo Oliveira e as principais revelações do clube – Gabigol, Thiago Maia, Zeca e Gustavo Henrique. O alvinegro praiano não colocou os atletas a disposição no mercado do futebol, mas reconhece que aceita negociá-los caso a proposta seja vantajosa para o clube e os jogadores.
Já com Lucas Lima, o raciocínio é bem diferente. A estratégia de manter o meia até o dia 31 de dezembro de 2017, quando encerra o seu vínculo com o clube, tem uma lógica. O Santos possui apenas 10% dos direitos do jogador e, dependendo do valor da proposta que chegar da Europa, o montante destinado ao clube paulista sequer ajudaria para a reposição do meia no mercado do futebol.
Lucas Lima está preocupado com a intenção da diretoria, pois sabe que dificilmente algum clube pagará a multa rescisória de seu contrato com o Santos, estipulada em 60 milhões de euros (R$ 245 milhões).
A diretoria santista, por sua vez, acredita que os clubes interessados não pagariam nem a metade do valor da multa – 30 milhões de euros (R$ 122 milhões).
Neste caso, o Santos ficaria apenas com 3 milhões de euros (R$ 12 milhões), menos da metade dos R$ 26 milhões que foi oferecido pelos chineses por Ricardo Oliveira e recusado pela diretoria santista no início do ano.
A cúpula santista entende que não encontrará nenhum jogador para substituir Lucas Lima por R$ 12 milhões. O caso de Marquinhos Gabriel no início do ano sempre é utilizado de exemplo na Vila Belmiro. O Al-Nassr, da Arábia Saudita pedia, no mínimo, US$ 4 milhões (R$ 14 milhões) para liberar o jogador, que interessava ao Santos e acertou com o Corinthians.
Procurado pela reportagem, o Santos alega que não tem interesse em negociar nenhum atleta do elenco e sim reforçar a equipe para a temporada.
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