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Admirado por Guardiola, titular da olímpica revela ídolo: Rogério Ceni

Ederson concede entrevista pela primeira vez como goleiro da seleção principal - Lucas Figueiredo/Mowa Press
Ederson concede entrevista pela primeira vez como goleiro da seleção principal Imagem: Lucas Figueiredo/Mowa Press

Danilo Lavieri e Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Los Angeles (EUA)

27/05/2016 07h01

Ederson é um dos maiores destaques da geração olímpica da seleção brasileira. Aos 22 anos, ele tem se destacado após assumir a titularidade do Benfica, desbancado o experiente Júlio César, e passou a chamar atenção do resto da Europa.

Não à toa, já passa a ter seu nome cogitado como um dos possíveis reforços do Manchester City. Por que o time inglês? O goleiro recebeu elogios de Pep Guardiola, técnico que esteve à frente do Bayern de Munique nesta temporada e está de mudança para a Inglaterra.

Tudo porque joga bem com os pés. A reposição de bola e sua canhota viraram alvos de elogio. Não é coincidência que seu principal ídolo é Rogério Ceni. A coincidência, neste caso, é que o ex-são-paulino será o auxiliar pontual e poderá passar ainda mais de sua experiência ao jovem goleiro.

“Meu maior ídolo sempre foi o Rogério Ceni, não porque ele faz gol, mas pela história que ele construiu no São Paulo, o amor que ele carregou no peito. E é isso que eu quero fazer em um clube. Espero encontra-lo aqui e ouvir muitas histórias dele”, explica o guarda-redes da equipe portuguesa.

Em uma dessas partidas com a camisa do time de Lisboa, aliás, ele até se aventurou na tentativa de buscar um gol. Mas não pretende mais fazer isso. “Não acho que eu vá bater de novo, foi apenas opção do treinador daquele dia, porque insistiu um pouco comigo. Fui lá bater e nem fui feliz”, completou.

Ederson surge como uma das opções para o futuro da seleção brasileira, especialmente na busca de Dunga em ter cada vez menos atletas da geração dos 7 a 1 para a Alemanha. Naquela ocasião, aliás, o goleiro era Júlio César.

Por isso, antes de deixar o Benfica e se apresentar à seleção brasileira na concentração para a Copa América, nos Estados Unidos, ele pediu conselhos a seu companheiro de clube.

“Eu já conhecia o Júlio como profissional, né? E agora conheço como pessoa, que é excepcional. Ele teve uma lesão e foi muito difícil para ele e para todos do grupo, porque ele queria ter jogado. No meio da palestra, ele me passou muita confiança. Quero ter história como a dele, cheia de títulos e até ser eleito o melhor goleiro do mundo”, finalizou.

Na seleção brasileira principal, Ederson deve esperar um pouco mais para jogar. Ele está atrás de Alisson e Diego Alves. O titular, que atuava no Internacional e agora vestirá a camisa da Roma, já elogiou.

“Ele é um goleiro que tem boa dinâmica, jovem. Sabe usar os pés. Com goleiro, a seleção principal e a olímpica não precisam se preocupar”.