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Jogador suspeito de participação em estupro de menor é preso

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/05/2016 15h47

O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, foi preso pela polícia do Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (30).

O atleta daria uma entrevista em um restaurante no centro da capital fluminense. Enquanto se preparava para falar e conversava com seus advogados, Lucas foi abordado por dois delegados da Polícia Civil que chegaram ao local. O acusado não ofereceu resistência e foi detido na hora. 

Os delegados colocaram o jogador em uma viatura e o conduziram para a Cidade da Polícia, na região do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro.

Lucas Santos, meia do Boavista, teve prisão preventiva pedida devido à acusação de participação em estupro coletivo contra uma menor de idade na capital fluminense, no bairro de Jacarepaguá. O advogado do suspeito havia afirmado que ele se entregaria hoje à Delegacia e Criança, Adolescente e Vítima (DCAV), que assumiu o caso no último domingo.

Após Lucas ser detido, o advogado do atleta, comentou o caso. "A gente não vê fundamento jurídico para essa prisão. Essa questão de foragido não existe. Sempre se colocou a disposição da polícia. Prestou depoimento voluntariamente. Estávamos marcando uma coletiva no centro do Rio. A nossa preocupação com a imagem negativa é muito grande. Ele não tem nada a ver com o estupro. Estava com ela na noite anterior e se relacionou com uma amiga, e o Raí se relacionou com ela. O conceito jurídico de estupro vem ganhando uma elasticidade indevida", disse.

O caso

Em depoimento à polícia, a vítima - menor de idade - disse ter sido drogada e estuprada por um grupo de homens, após ter ido visitar o namorado, o jogador Lucas, em comunidade conhecida por “morro da Barão”. Segundo o primeiro relato da jovem às autoridades, quando ela acordou após ser dopada, viu cerca de 30 homens armados de pistolas e fuzis em um imóvel.

O caso ganhou repercussão depois de imagens do ato terem sido vazadas na internet.

Agora responsável pela investigação, a delegada da DCAV Cristina Bento, que substituiu o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), declarou nesta segunda-feira que tem certeza da ocorrência de crime. "Minha convicção é de que houve estupro", disse, em entrevista coletiva. "Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina". 

Seis ordens de prisão foram expedidas pela Justiça. Além de Lucas Santos, Rai de Souza, Michel Brasil, Raphael Belo, Marcelo Corrêa e Sergio Luiz da Silva Junior são os alvos. Esse último, também conhecido por "Da Rússia", é apontado como chefe do tráfico do morro da Barão.