Jogador acusado de estupro é solto no Rio. Polícia não vê indícios do crime
Suspeito de participar de um estupro coletivo de uma garota de 16 anos, o jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte, 20 anos, foi solto nesta sexta-feira (3). Lucas deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio de Janeiro, nesta tarde. Ele estava preso temporariamente desde segunda-feira e foi liberado após a polícia entender que não há indícios suficientes para sua detenção, solicitando a revogacão de sua custódia.
A delegada Cristiana Bento, que hoje comanda as investigações sobre o estupro coletivo, foi quem pediu a libertação de Lucas após ouvir depoimentos de testemunhas. A liberação do jogador, por volta das 18h10, teve o apoio de um promotor público e foi autorizado pela 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
"O depoimento de uma nova testemunha [na última quinta] reforçou o que defendemos. Lucas não participou do caso. A delegada se convenceu disso. Mostramos conversas de celular que a vítima informa que o meu cliente não estava lá", explicou Eduardo Antunes, advogado de Lucas Perdomo.
A mãe, o pai e a namorada do jogador estiveram em frente ao Complexo aguardando Lucas desde o início da manhã.
"Estamos muito aliviados. A gente tem certeza de que o Lucas não tem nada a ver com isso. Vamos provar que ele é inocente", disse ao UOL Esporte o pai do atleta, Silvio César Duarte Santos, de 50 anos.
O caso
Em depoimento à polícia, a vítima do estupro - menor de idade - disse ter sido drogada e violentada por um grupo de homens no último dia 21, após ter ido visitar o jogador Lucas, em comunidade conhecida por morro da Barão. Segundo o primeiro relato da jovem às autoridades, quando ela acordou após ser dopada, viu cerca de 30 homens armados de pistolas e fuzis em um imóvel.
O caso ganhou repercussão depois de imagens do ato terem sido vazadas na internet.
Agora responsável pela investigação, a delegada Cristina Bento, que substituiu o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), declarou na segunda-feira que tem certeza da ocorrência de crime. "Minha convicção é de que houve estupro", disse, em entrevista coletiva. "Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina".
Seis ordens de prisão foram expedidas pela Justiça. Além de Lucas Santos, Rai de Souza, Michel Brasil, Raphael Belo, Marcelo Corrêa e Sergio Luiz da Silva Junior são os alvos. Esse último, também conhecido por "Da Rússia", é apontado como chefe do tráfico do morro da Barão.
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