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Brasil prioriza toque de bola, evita chutões, mas sofre com poder de fogo

Danilo Lavieri e Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Pasadena (EUA)

05/06/2016 12h01

A “nova seleção brasileira”, como gostam de dizer integrantes do time, mostrou no jogo do último sábado (4), contra o Equador, na estreia da Copa América Centenário, que pretende mudar o estilo de jogo que vinha sendo aplicado após a Copa do Mundo de 2014. A geração do 7 a 1, inclusive, não teve nenhum atleta como titular.

Sem chutões, com toques de bola para saída com qualidade desde a defesa, o time até passou aperto em alguns momentos, mas sofreu muito com o poder de fogo.

Dunga e seus jogadores concordaram que a novidade precisa ainda de mais treinos para ter resultado prático.

“A gente fez saída de bola diferente, e a equipe pressionava muito e saia. A gente fez algumas inversões de jogo de lateral para outra e tivemos algumas boas infiltrações. Mas vamos ter de trabalhar ainda para mais conclusão e não tentar só a infiltração. Isso vai depender muito da característica de cada jogador”, analisou o comandante.

Renato Augusto, treinado para ser pilar desta mudança de saída de jogo, afirmou que a melhora ainda virá com os treinamentos, mas destacou que o Equador não quis buscar o resultado, o que dificultou qualquer ação da equipe brasileira.

“Quando você sai com a bola dominada, você dá ela para o meia com mais qualidade. Se a gente jogar onde os dois querem vencer, talvez tenha mais espaço para criar. O Equador veio para empatar”, explicou.

Um dos problemas para a mudança de jogo foi a exposição aos contra-ataques. Os principais momentos de perigo foram na tentativa do Equador em sair em velocidade.  Marquinhos disse que o risco de mudar o estilo de jogo, com a saída de Luiz Gustavo para a entrada de Casemiro, vale a pena para o Brasil ter mais chances de gol.

“O Casemiro vem em um ótimo momento, está com a confiança lá em cima. A gente tem treinado essa saída de jogo e podemos ser mais agudos se continuarmos assim”.

O Brasil joga na próxima quarta-feira, em Orlando, contra o Haiti, na segunda rodada do grupo. Uma vitória é obrigatória para que o time tenha chance de classificação às quartas de final.