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Cruzeiro tem pedido negado por justiça e contrato com Mineirão é mantido

Contrato de fidelidade entre Cruzeiro e Mineirão está mantido - Gualter Naves/VIPCOMM
Contrato de fidelidade entre Cruzeiro e Mineirão está mantido Imagem: Gualter Naves/VIPCOMM

Do UOL, em Belo Horizonte

07/06/2016 20h29

Apesar de o Cruzeiro seguir mandando suas partidas no Mineirão, as diretorias do clube mineiro e da empresa gestora do estádio então em pé de guerra. Enquanto a Minas Arena questionada o Cruzeiro na justiça, sobre uma suposta dívida de aproximadamente R$ 9 milhões, a diretoria celeste pediu a rescisão do contrato de fidelidade. E após a primeira decisão o clube foi derrotado.

O juiz Geraldo Carlos Campos, da 32ª Vara Cível de Belo Horizonte, negou o pedido do Cruzeiro. Assim, o contrato assinado no final de 2012 e com 25 anos de duração segue valendo. O acordo feito há quase quatro anos previa uma série de benefícios e deveres para as duas partes. Mas tudo começou a desandar em julho de 2013.

Em razão da final da Copa Libertadores daquele ano, o Atlético ganhou um benefício do governo estadual e jogou no Mineirão sem pagar nenhuma taxa. No entendimento da diretoria do Cruzeiro, o clube alvinegro teve benefícios melhores do que o contrato firmado meses antes. Entre as cláusulas previstas no contrato, estava que o Cruzeiro teria equiparado qualquer vantagem dada aos demais clubes do estado.

Desde então o Cruzeiro não paga mais as taxas para atuar no Gigante da Pampulha. Razão pela qual a Minas Arena cobra do clube celeste mais de R$ 9 milhões na justiça. Além da rescisão do contrato, o Cruzeiro também pedia uma indenização de R$ 20 milhões. No entendimento do departamento jurídico cruzeirense o clube teve uma série de prejuízos causados pelo não cumprimento de questões contratuais por parte da administradora do estádio.

Enquanto as partes aguardam o seguimento das ações na justiça, o Cruzeiro segue com parte da renda bloqueada até que a dívida com a Minas Arena seja quitada. A decisão do final do mês passado determina que o clube celeste repasse 25% da renda líquida até que a situação com a Minas Arena seja quitada.

Ao mesmo tempo, por ter contrato de fidelidade, o Cruzeiro segue obrigado a jogar no Mineirão. Caso não mande suas partidas no Gigante da Pampulha, o clube é obrigado a pagar uma multa. Assim como a Minas Arena, que tem de disponibilizar o estádio para os jogos da equipe celeste. Com exceções para a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016.