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Seleção tem problemas para treinar time ideal e adaptar novos conceitos

Dunga orienta jogadores da seleção brasileira na estreia do Brasil contra o Equador - AFP PHOTO / Robyn Beck
Dunga orienta jogadores da seleção brasileira na estreia do Brasil contra o Equador Imagem: AFP PHOTO / Robyn Beck

Danilo Lavieri e Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Orlando (EUA)

07/06/2016 06h00

Dunga tem tido dificuldade para reunir a seleção brasileira e aplicar os conceitos de mudança para que os jogadores consigam aplicá-los durante a Copa América.  Os obstáculos para o futebol de posse de bola e fim do chutão, nova filosofia do treinador, são variados e vão dos mais normais no mundo do futebol, como cortes por lesão, até os mais raros, como o ataque de um atirador na universidade que receberia treinamentos da seleção, o que fez os planos de logística serem alterados na Califórnia.

Com todos os problemas, o comandante pôde trabalhar apenas uma vez com os 11 jogadores que considera ideal, já levando em conta a limpeza realizada na equipe para ter o menor número de jogadores da geração 7 a 1 possível.

Na última segunda-feira (6), foi a vez do comandante precisar atrasar seus trabalhos em quase uma hora por causa de uma tempestade que atingiu Orlando. Além disso, o dia foi de mais um treino sem poder contar com os 20 jogadores de linha para fazer um treino completo: Miranda só fez musculação e nem deve encarar o Haiti na quarta-feira. Marquinhos seguirá como o substituto.

Trabalhar com o grupo incompleto virou rotina e tem forçado o técnico a promover treinos táticos sem adversário ou até estimulando desafios com equipes com menos do que os dez jogadores de linha.

Nos trabalhos desta segunda, ele ainda não pôde colocar Jonas, Elias, Renato Augusto e Filipe Luís para trabalhar em tempo integral. Eles pararam de treinar antes dos demais e ficaram apenas de espectadores. Dunga tem falado sobre esse tipo de problema durante toda a preparação. Ele repetiu na coletiva após o empate por 0 a 0 na estreia contra o Equador.

“É algo que eu preciso achar uma solução, porque muitos atletas estão em fim de temporada. É algo comum para todos os times. Mas motivação é o que não falta para eles, porque estão na seleção brasileira”, afirmou.

O treinador já teve problemas maiores de lesão, que o fizeram até cortar jogadores. Douglas Costa, Rafinha e Ricardo Oliveira não foram nem a campo. Ederson, Kaká e Luiz Gustavo deixaram a delegação com o decorrer da preparação.

Os problemas continuam: Daniel Alves e Filipe Luís, titulares da seleção, chegaram depois do restante do grupo. O lateral esquerdo, por exemplo, nem pôde participar do amistoso, dando lugar a Douglas Santos. Ganso e Walace, os últimos dois convocados, fizeram seu primeiro trabalho em campo após a estreia, já em Orlando, nesta segunda.

Nesta terça-feira, como é véspera de jogo, Dunga não deve ter tempo para promover um coletivo. Como também não contará com Miranda em suas melhores condições, mais uma vez, não teria como fazer um coletivo completo.