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Comissão aprova relatório que pede cassação do deputado e ex-jogador Jardel

Jardel foi alvo da Operação Gol Contra, que revelou atos ilícitos  - Reprodução/MP RS
Jardel foi alvo da Operação Gol Contra, que revelou atos ilícitos Imagem: Reprodução/MP RS

Do UOL, em São Paulo

08/06/2016 21h33

A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta quarta-feira o relatório que pede a cassação do ex-jogador Jardel, eleito deputado estadual nas eleições de 2014. 

O texto foi aprovado por unanimidade pelos 12 integrantes da comissão. O processo segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e posteriormente, para o Plenário da Assembleia Legislativa.
 
O responsável pelo relatório é o deputado Sérgio Turra (PP), que alegou quebra de decoro parlamentar. "Os fatos aqui tratados, bem como os demais noticiados, são profundamente graves e depõem contra as funções da Assembleia Legislativa", declarou Turra.
 
Ao final da apresentação do relatório, a defesa do deputado se manifestou, alegando cerceamento de defesa. A denúncia contra o ex-jogador do Grêmio foi apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul no começo de março. Além de Jardel, outras 10 pessoas também foram citadas, acusadas.
 
Os crimes teriam acontecido no gabinete do parlamentar entre fevereiro e novembro do ano passado. Jardel foi alvo da Operação Gol Contra, que revelou atos ilícitos cometidos em seu gabinete. Entre as acusações ao deputado, desvio de verba, contratação de funcionários fantasma e ligação ao tráfico de drogas.
 
Além dele, seu irmão, funcionários e mulher também foram denunciados pelo MP. Jardel chegou a ser afastado das funções políticas, mas voltou para responder o trâmite legal da Câmara.
 
Imagens e relatos de ex-funcionários do gabinete revelaram que o deputado extorquia dinheiro dos seus servidores para, por exemplo, pagar o aluguel do apartamento onde residem sua mãe e irmão, também denunciado.
 
O documento foi encaminhado pelo procurador-geral da Justiça, Marcelo Dornelles, ao presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Felipe Difini. O MP calcula que o valor desviado supere os R$ 200 mil.