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Zabaleta cita vestiário do Maracanã e defende Messi: "Chorou como um bebê"

Messi e Zabaleta compõem a criticada atual geração da Argentina, que ainda deve um título à torcida - AP Photo/Francois Xavier Marit
Messi e Zabaleta compõem a criticada atual geração da Argentina, que ainda deve um título à torcida Imagem: AP Photo/Francois Xavier Marit

Do UOL, em São Paulo

09/06/2016 18h43

À espera de uma cirurgia no tornozelo direito, Pablo Zabaleta não jogará a Copa América Centenário pela Argentina. Sua ausência no torneio, porém, não impede o lateral de opinar sobre o time comandado por Tata Martino, que tem Messi como principal arma pelo título.

O atleta sai em defesa do camisa 10 no mesmo dia em que o ídolo Diego Maradona condena o craque do Barcelona por “falta de personalidade”. O flagra ocorreu em um bate-papo descontraído com Pelé, em Paris. “É uma boa pessoa, mas não tem personalidade para ser um líder”, expressou o bicampeão mundial, de acordo com imagens obtidas pela agência AFP.

Em contraponto à declaração de Maradona, Zabaleta descreveu o clima do vestiário argentino após o revés para a Alemanha na final da Copa do Mundo de 2014, no Maracanã. “Ele sofre muito. Nós, que estamos por perto, conhecemos seus sacrifícios e viagens de um lado para o outro para estar sempre presente. Estávamos no vestiário do Maracanã e ele chorou como um bebê quando perdemos a final da Copa do Mundo. Foi de partir a alma”, comentou em entrevista ao Diário Olé.

O jogador ainda apontou o caso do técnico Diego Simeone, vencido na final da Liga dos Campeões com o Atlético de Madri. “Na Argentina somos educados com esse nível de pressão. A derrota não desmerece o trabalho, mas ele se sente um fracasso. Nós fomos criados em um país que exige o sucesso e eu entendo isso. Estou certo de que a torcida do Atlético ama o Cholo (Simeone), como também estou seguro de que muitos argentinos adoram o Leo (Messi)”, prosseguiu.

Ciente da cobrança imposta pela população de seu país, o lateral direito reconhece a falta de conquistas de sua estrelada geração. “Lamentavelmente, também perdemos a Copa América (em 2015). A conta segue pendente e agora teremos uma nova oportunidade, mas é difícil escutar que o povo nos trata como perdedores de peito frio. A crítica não passa despercebida. Em certo ponto até dói, mas jogadores profissionais sabem que têm que conviver com isto”, disse.

Ainda não operado, Zabaleta deve estar apto até o dia 1º de julho, quando terá que se reapresentar ao Manchester City para a temporada 2016/2017. Desta vez, sob o comando do espanhol Pep Guardiola. “Nos demos conta de que nos faltava algo, o Real nos venceu (na semifinal da Liga dos Campeões) por muito pouco. Somos um clube importante? Sim. Temos jogadores importantes? Também. E o Guardiola, que é o melhor técnico do mundo, vai nos dar o salto de qualidade para estar à altura de Barça, Real, Atlético e Bayern, os melhores da Europa”, encerrou.