Topo

"Só temo a morte", responde Dunga sobre receio de ser demitido após vexame

Lucas Figueiredo / MoWA Press
Imagem: Lucas Figueiredo / MoWA Press

Danilo Lavieri e Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Boston (EUA)

13/06/2016 00h21

"Só temo a morte". Assim Dunga respondeu a pergunta feita sobre seu receio em ser demitido do cargo da seleção brasileira após o vexame de ser eliminado na primeira fase da Copa América Centenário. A diretoria da CBF deixou o estádio, em Boston, nos Estados Unidos, sem se pronunciar sobre o futuro do comandante da equipe. 

O time volta para casa após vencer apenas o Haiti na competição, empatar com o Equador e ser derrotado por 1 a 0 para o Peru na terceira partida da primeira fase.

"Só uma coisa que eu temo: a morte. O resto eu não temo. É um trabalho, estamos tentando uma reformulação depois da Copa. Elogiamos a Alemanha que trabalhou 14 anos e queremos resultado em dois anos".

"Sem dúvida a medalha de ouro vai ser uma pressão porque o Brasil nunca venceu. Se tem uma derrota, sempre vai ter a cobrança. Mas tenho certeza que o torcedor viu o jogo, o primeiro tempo e viu como o Brasil foi eliminado. Não foi no futebol".

Para justificar a queda, ele citou repetidas vezes o erro da arbitragem, que validou um gol de mão do atacante peruano e disse que o Brasil dominou o jogo. Ele ainda disse concordar com o presidente da Federação do Uruguai, que insinuou que a competição está armada para os mexicanos. 

"Não é normal o Brasil cair. É a segunda vez que acontece na história. Talvez não aconteceu ser eliminado por um gol de mão. Não foi só o gol de mão, teve algumas faltas, pênalti no Coutinho. Me faz lembrar o que falou o presidente do Uruguai", disse. 

Ao ser questionado sobre a influência que tem a ausência de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, nos Estados Unidos. Dunga minimizou. 

"Não acredito (que a ausência do presidente nos Estados Unidos tenha interferido). Com toda tecnologia, com câmeras, o que vem a dúvida é a tecnologia que comete erros claros e evidentes. Isso com o presidente aqui ou não, a decisão é do juiz. Eles consultaram, falaram, não sei com quem. Os quatro estavam no campo, juntos. E vem a ideia de quem estavam consultando. Isso é estranho.