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Tite está inclinado pela seleção e tem aval do Corinthians para dar "sim"

Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques*

Do UOL, em São Paulo

13/06/2016 19h13

Os entraves que existiram para Tite recusar a seleção brasileira recentemente, na avaliação de diversas pessoas próximas a ele, ficaram pelo caminho. Neste momento, por várias dessas razões, o treinador do Corinthians está inclinado a aceitar um terceiro convite para ser o treinador do Brasil.

A condição essencial para abrir qualquer tipo de conversa é que Dunga seja demitido. Tite, em passado recente, já levou ao conhecimento das pessoas da CBF de que não ouviria qualquer tipo de oferta se a seleção brasileira tivesse um treinador empregado. Nesta terça-feira, o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, tem reunião com Gilmar Rinaldi e o próprio Dunga, ambos bastante fragilizados dentro da entidade.

Além desse principal entrave, a Copa Libertadores também ficou para trás, e há a ideia muito clara de que não haverá uma nova oportunidade na seleção no ciclo até a Copa do Mundo da Rússia. O Brasileirão permite uma troca de comando e daria ao Corinthians tempo de se reestruturar.

As pessoas da confiança de Tite já estão cientes de que, a partir de uma decisão em torno de Dunga, a posição do treinador corintiano será diferente caso tenha um novo convite. A ideia dele, asseguram esses profissionais, é levar à seleção brasileira toda a estrutura de comissão que conduziu o Corinthians ao título da Série A 2015 nesta passagem e à Copa Libertadores e Mundial de Clubes em 2012.

Nesta lista estão o gerente de futebol Edu Gaspar, os auxiliares Fábio Carille, Matheus Bacchi e Cléber Xavier, o preparador de goleiros Mauri Lima e o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, além de dois profissionais que integram a comissão de Dunga: o preparador físico Fábio Mahseredjian e o analista de desempenho Fernando Lázaro.

Nesta manhã, dia de reapresentação após a derrota para o Palmeiras e logo após a eliminação brasileira na Copa América, Tite internamente previu que a pressão em torno de seu nome voltaria a crescer no Corinthians. Preferiu, porém, não falar a respeito do tema.

Dentro do próprio clube, há consenso de que ninguém irá mexer uma palha para prejudicar o sonho profissional do treinador. Ele está livre contratualmente e tem na relação com o presidente Roberto de Andrade um trunfo para ser liberado. A decisão será exclusivamente dele em contato com seus familiares.

As pessoas do círculo de confiança de Marco Polo Del Nero também são unânimes em apontar o nome de Tite como a única alternativa viável entre treinadores brasileiros.

Colaborou: Rodrigo Mattos, do UOL