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Grêmio convoca Conselho e mira 'termo de compromisso' na compra da Arena

Termo de compromisso será utilizado para alinhar as partes e evitar recuo na negociação - Wesley Santos/Drone Service Brasil/Divulgação
Termo de compromisso será utilizado para alinhar as partes e evitar recuo na negociação Imagem: Wesley Santos/Drone Service Brasil/Divulgação

Jeremias Wernek e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

21/06/2016 19h15

A compra na gestão da Arena dá seus últimos passos. O Grêmio se reuniu nesta tarde com representantes da OAS e da Caixa Econômica Federal e tem todo processo de aquisição da gestão encaminhado. Nesta terça-feira pela manhã, o Conselho de Administração do clube se reúne para apreciar o contrato e firmar um termo de compromisso entre as partes. 

Segundo apurou o UOL Esporte, Caixa e Grêmio assinarão um protocolo que coloca o banco como uma espécie de agente financeiro e não fiador.

Caberá ao tricolor assumir a dívida contraída pela OAS junto ao BNDES, Banrisul, Santader e Banco do Brasil. O valor, antes na casa dos R$ 170 milhões, caiu para R$ 113 milhões.

O acordo com a Caixa foi montado há uma semana, em viagem de comitiva do Grêmio a Brasília. O banco se tornou parte interessada ao adquirir 80% de uma das empresas que assumiria a área do estádio Olímpico. Mas houve idas e vindas na negociação e por isso o estágio obtido agora é celebrado.

O formato de pagamento não mudou. O Grêmio seguirá pagando mensalmente R$ 2 milhões pelos próximos sete anos. E depois o valor cai para R$ 1,5 milhão pelo período restante até completar 19 anos. O que foi alterado é quem recebe o valor. Antes a OAS, agora a Caixa, em uma espécie de financiamento. 

O presidente do clube, Romildo Bolzan Júnior confirma a reunião para detalhes finais do contrato. Depois disso, no próximo dia 28, as determinações serão passadas ao Conselho Deliberativo - em reunião que originalmente não tinha ligação com a negociação. O grupo que representa os torcedores poderá dar aval ao acordo para formalização definitiva. Após esta etapa, os credores da OAS, em processo de recuperação judicial, terão de dar anuência ao negócio. Até o momento, todos os envolvidos sinalizaram de forma positivo para a transação.

O que muda

Com a compra da gestão da Arena o Grêmio passa a ser absoluto no estádio, encerrando uma parceria que tinha previsão de 20 anos com a OAS. Sendo assim, lucrará com as bilheterias de jogos, poderá comercializar salas no estádio e os direitos de nome da mesma forma. Além disso, deixará de pagar mensalmente para entrada de sócios sem pagamento de entradas. Em contrapartida, arcará com os custos de manutenção de sua casa.